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Racing tropeça no Rafaela e apenas empata, no Cilindro de Avellaneda

Na estreia pelo Torneio Inicial, o Racing recebeu o Rafaela no Cilindro e ficou apenas no empate. Parte disso se deve ao baixo entrosamento do time, parte se deve ao nervosismo da equipe na estreia. E a parte principal tem a ver com o porteiro Guillermo Sara, que defendeu dois pênaltis de Sand e garantiu o empate para La Crema. Resultado justo para o que foi o cotejo no Cilindro de Avellaneda.

Nos primeiros minutos, o Racing parecia tão absoluto que dava a falsa impressão que faria muitos gols no visitante. A formação com 4-4-2 colocava Villar como falso ponta pelo flanco direito e Centurión pelo esquerdo. Nos início funcionou e a Academia prendeu o Rafaela no seu campo de defesa.

Bastou um único ataque do visitante, porém, para que saísse o gol. Cesar Carignano chegou às redes, a partir de uma falha da retaguarda local. O artilheiro de La Crema arrematou cruzado no lado direito, baixo de Saja. 1×0 Rafaela quando eram decorridos somente 10 minutos de jogo.

Não deu tempo nem mesmo para as comemorações. Dois minutos depois, após uma cobrança de córner, Fernando Ortíz foi o nome do gol; também na jogada houve falha, dessa vez da defensiva visitante.

Só que depois do gol, o Racing se perdeu. “Demónio” Hauche começou a bater cabeça com Villar no setor esquerdo. A solução de Zubeldía foi colocar Villar no lado direito e Centurión no esquerdo. O bate-cabeça acabou, mas o time perdeu rendimento no ataque. Ainda assim, Centurión entrou na área e foi derrubado. Na cobrança de pênalti de Sand, Guillermo Sara defendeu. Ficou 1×1 no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Racing continuou instável em campo e pouco a pouco foi transformando o cotejo em uma briga de iguais. Nesse caso, sempre vai prevalecer quem tem o melhor conjunto. O Rafaela prevaleceu então por vários minutos e poderia ter vencido o cotejo.
Não venceu porque pecou na profundidade e na dificuldade de seu meio-campo em ligar González e Carignano na frente. Foi então que o técnico Forestello colocou Gandín em campo, típico jogador lento e que não contribui muito para uma equipe que pretenda atuar no contragolpe.

E quando as coisas pareciam complicadas para o Racing, o árbitro Pezzotta marcou um outro pênalti “inexistente”. Novamente Pepe Sand foi para a bola e foi obrigado a ver Guillermo Sara sair como herói. O porteiro voou baixo no canto direito e foi ajudado pela péssima cobrança do ex-atacante do Tijuana.

A confusão pediu passagem e entrou no jogo de vez. Não que os atletas se agredissem uns aos outros, mas porque os dois elencos se perderam taticamente. Também os técnicos, com destaque para Zubeldía. Mesmo a troca de Vietto por Hauche não surtiu efeito, pois o time já havia perdido a configuração e a disposição do início do jogo.

Também Forastello aprontou. Plantou La Crema para o contra-ataque e tirou de campo o artilheiro Carignano e o trocou por Gandí, de pouca velocidade. A tal confusão também acometeu o árbitro, que novamente esteve envolvido com um pênalti. Talvez na única vez em que ele realmente ocorreu, o árbitro não o maracou e ainda deu cartão amarelo para Cachorro Cámpora.

De forma que o 1×1 foi mesmo o resultado ao fim da partida. E foi justo. Na próxima rodada, o Racing vai a La Paternal encarar o Argentinos Juniors, enquanto o Rafaela será o anfitrião para o Arsenal de Sarandí.

Racing: Sebastián Saja; Esteban Saveljich (Luis Fariña), Fernando Ortíz, Matías Cahais, Claudio Corvalán; Diego Villar, Agustín Pelletieri (Javier Cámpora), Mauro Camoranesi, Ricardo Centurión; Gabriel Hauche (Luciano Vietto) e José Sand. Técnico: Luis Zubeldía.

Atlético de Rafaela: Guillermo Sara; Cristian Vella, Fabricio Fontanini, Lucas Bovaglio (Alexis Niz), Martín Zbrun; Sebastián Carrera, Matías Fissore, Iván Juárez (Walter Serrano), Juan Eluchans; Federico González e César Carignano. Técnico: Rubén Darío Forestello.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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