Categories: Primeira Divisão

Racing joga mal e cede empate ao Tigre, em Victoria

Em cotejo de dois tempos, Tigre e Racing igualaram em um gol em Victoria. O Racing mandou na primeira etapa e fez por merecer a vantagem de um gol, apesar de ter contado com um tento irregular e com a ajuda do Tigre, que não variava seu jogo. Na segunda etapa, o Matador tomou as rédeas do encontro e foi à busca da igualdade. Tentou muito, até o conseguir aos 43 minutos. O resultado foi justíssimo para o que fizeram as duas equipes.

Nem bem o árbitro Giannini autorizou o início do jogo e o Racing já chegava com Camoranesi. Por uma intervenção estupenda de García o placar não foi inaugurado logo no primeiro minuto. À esta gana do Racing de chegar ao gol, o Tigre tenteou responder ainda no início do cotejo. Embora sem um perigo considerável na maioria das jogadas, o fato é que o Tigre chegaria quatro vezes com chances de empatar. Na principal delas, aos 11, Pérez García acertou o travessão de Saja.

Só que a partir dos 15 minutos, o Racing tomou conta do jogo. Passou a administrar o meio-campo com a presença firme de Camoranesi e a criatividade de Zuculini. As chances foram se sucedendo. Enquanto isso, o Tigre se defendia e procurava uma maneira de ser feliz ao defender a meta de García.

A proposta de contragolpes do Tigre ainda funcionou por um tempo e algumas jogadas de ataque ocorreram. Só que após os 25 minutos a equipe local centralizou excessivamente o jogo pelo meio; o efeito disso era claro: o Racing chegaria às redes de García rapidamente.

O Racing tentou, dominou o jogo e teve em Zuculini e Centurión os dois melhores homens em campo. E justamente quando o Matador parecia se encontrar na sua proposta o conjunto visitante chegou lá. Após infiltração pelo centro e condução de mão à bola por Zuculini, o meia ficou cara a cara com García e guardou a pelota no arco: 1×0.

Antes do fim, Pérez García deu uma mostra de como seria o segundo tempo: teve a bola do jogo para empatar, mas desperdiçou.

Na segunda etapa, a postura do Tigre foi outra desde a chegada do time ao campo. Logo aos três minutos, Maggiolo quase igualou. Isto ocorreu porque o conjunto dirigido por Gorosito adiantou a marcação, jogou efetivamente com alas, além de contar com a presença de Pérez García nos dois lados do campo.

A proposta local surpreendeu a marcação da Academia, que não conseguiu encaixar a cobertura e permitiu o confronto direto de um atacante matador com um zagueiro acadêmico. Dos 10 minutos até os 20 o Tigre teve nada menos do que sete chances de guardar a pelota no arco.

Cansado em campo, Camoranesi deixa a equipe e dá o lugar para Corvalán: uma lástima. Fato é que Camora não aparecia para a torcida, contudo sua presença em campo dava sustentação à marcação e liberava Zuculini para criar jogadas do meio para frente.

Um pouco antes de ser substituído, aos 25, Pérez Garcia esteve entre três marcadores do Racing e, caído, ainda completou para o gol. Foi uma das melhores chances para o empate, apesar de que o arremate saiu fraco.
Só que depois de tanto insistir, o Tigre finalmente chegou à igualdade. Cobrando falta, aos 43 minutos, Alejandro Donatti foi o nome do gol do justo empate para o Matador de Victoria: 1×1 e fim de jogo. Resultado justo para o que produziram as duas equipes.

Tigre: Javier García; Norberto Paparatto, Mariano Echeverría, Alejandro Donatti; Lucas Menossi, Diego Ferreira (Gastón Díaz), Matías Escobar, Diego Cisterna; Matías Pérez García (Rubén Botta); Ezequiel Maggiolo (Silvio González) e Diego Ftacla. Técnico: Néstor Gorosito.

Racing: Sebastián Saja; Fernando Ortiz, Leonardo Migliónico, Matías Cahais; Diego Villar, Bruno Zuculini, Agustín Pelletieri, Ricardo Centurión (Luciano Aued); Mauro Camoranesi (Claudio Corvalán); Luciano Vietto e José Sand (Gabriel Hauche). Técnico: Luis Zubeldía.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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