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Racing goleia o Deportivo Táchira em sua estreia na Copa Libertadores

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Em noite histórica, o Racing volta a Copa Libertadores da América e não toma conhecimento do Deportivo Táchira, na Venezuela, goleando os aurinegros por 5 a 0. Gustavo Bou, o nome do jogo, marcou três gols e deu duas assistências para Luciano Lollo e Diego Milito marcarem os outros gols que liquidaram a goleada em San Cristóbal, colocando o Racing como grande favorito do Grupo 8 da Libertadores. Na próxima rodada, dia 24, o Racing recebe o Guarani, no Cilindro, que certamente estará lotado para ajudar o Racing a fazer história no certame continental.

Depois de 12 anos longe da Copa Libertadores da América, o Racing Club finalmente voltava a jogar pelo certame que foi campeão em 1967. E para voltar a conquistar o torneio mais cobiçado da América do Sul, a equipe de Diego Cocca enfrentou o Deportivo Táchira, na Venezuela. Um adversário complicado, que mostrou autoridade logo nos primeiros minutos, quando Yuber Mosquera quase abriu o placar aos três minutos, em linda cabeçada que tirou tinta da trave de Saja, aumentando ainda mais a pressão que vinha das lotadas arquibancadas do Estádio Pueblo Nuevo de San Cristobán.

Mas o que esse ‘pueblo’ não esperava, era ver um ótimo jogador dar tanto trabalho a sua defesa. Era o camisa 7, mais conhecido como Gustavo Bou. Primeiro, aos 15 minutos, ele acertou a trave, após linda jogada e cruzamento certeiro de Luciano Aued. Cinco minutos depois, em cobrança de falta, Bou foi experto e cruzou a bola rasteira, com força, Luciano Lollo se posicionou bem e com um lindo toque de calcanhar, abriu o placar para o Racing, calando a torcida dos aurinegros. Depois do gol, os visitantes melhoraram e começaram a tocar muito bem a bola, colocando o Táchira na roda e deixando os jogadores locais tensos, já que tinham que partir para cima em busca do empate.

Em uma dessas descidas desesperadas, o Racing conseguiu recuperar a bola, Marcos Acuña recebeu e tocou para Gustavo Bou, que tabelou com Diego Milito e com um lindo chute da entrada da área, fez o segundo gol da academia no jogo, aos 41 minutos. O placar de 2 a 0, até que surpreendente, deu outra cara e muito respeito, já que na segunda etapa, os donos da casa voltaram ainda mais desastrosos em campo, errando passes de pouca distância e ainda deixando mais espaços para o Racing atacar. Com um minuto, por exemplo, a equipe de Avellaneda já teve um escanteio e um chute a gol.

Mas foi de um chute de Saja, que saiu o terceiro gol. O goleiro se redimiu do erro contra o Rosario Central, e conseguiu lançar a bola nos pés de Gustavo Bou, que dominou, girou e chutou de fora da área, a bola encobriu o goleiro Liebeskind, um golaço, o mais bonito da noite, aos sete minutos. Logo em seguida, aos 10, Bou recebeu livre e achou Diego Milito sozinho na área, o artilheiro e ídolo da academia não teve trabalho algum para vencer o goleiro e finalizar sem marcação, o quarto tento do Racing na partida, uma loucura, um placar surpreendente.

O ‘pueblo’ começou a ir embora, os 100 torcedores do Racing começaram a calar o estádio e parecia até mesmo um jogo dos sonhos. E quem achava que o placar ficaria por isso, aos 24 minutos, Camacho deu lindo passe para Diego Milito, que de primeira tocou para a pequena na área, Gustavo Bou estava lá, para colocar no fundo das redes e marcar seu Hat-Trick no jogo, grande partida de Bou, o dono do embate. Com 5 a 0 no placar -não percam as contas, o Racing teve várias chances de fazer o sexto, mas o técnico Diego Cocca preferiu manter o placar e por pouco não sofreu o gol de honra. Faltando cinco minutos, o árbitro Julio Bascuñán marcou pênalti para o Táchira. Na cobrança, Rojas isolou a bola, de maneira ridícula, confirmando ainda mais a grande e histórica vitória do Racing em sua volta para a Copa Libertadores da América.

Victor Limeira

Jornalista formado pela faculdade paulista FIAM/FAAM. Acompanha não só o futebol argentino como as ligas menores da Europa. Começou a escrever para o Futebol Portenho em agosto de 2010 principalmente por ter uma paixão do futebol que reúne alma, raça e um belo toque de maestria

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