Racing fica fora da Sul-Americana ao perder na festa do Vélez
Os Fortineros estavam em êxtase em meio ao protocolo da última rodada. Afinal, impossível não se envolver nos festejos da torcida na própria casa. Esta empolgação, porém, não se transformou em desleixo no duelo contra o Racing. Nesse sentido, o Vélez Sarsfield fechou o Clausura 2011 com chave de ouro ao bater, de virada, os blanquicelestes por 2 x 1 na última alegria antes da volta olímpica.
No entanto, a Academia não teve motivos para farrear junto dos anfitriões. Precisavam do triunfo para conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana e não conseguiram. Desta forma, não se juntam a Estudiantes, Godoy Cruz, Lanús, Argentinos Juniors, Arsenal, ao próprio Vélez e ao rival Independiente na competição continental do segundo semestre.
Mesmo em meio a festa dos locais em Liniers, foi a equipe de Avellaneda, na despedida de Miguel Angel Russo como treinador (vai para o Estudiantes), que chegou primeiro a vantagem. Zuculini achou Gabriel Hauche graças a um ótimo passe em profundidade, e a direita do Demonio não perdoou Barovero: 1 x 0, aos 8 minutos.
Só que a alegría durou pouco ao Racing. Seis minutos para ser exato. Tempo bastante para o campeão argentino encontrar o empate num tiro de fora da área de Victor Zapata, que ainda ricocheteou em Aveldaño e matou De Olivera: 1 x 1, aos 14. Na comemoração, a criatividade de Silva, Fernández e Maxi Moralez em “brindar” com as chuteiras rendeu um cartão amarelo para cada.
O Fortín, todavia, ignorou o momento “estraga-prazer” de Nestor Pitana e partiram para celebrar mais. Três minutos depois, numa jogada em que, justamente, interviram os três amarelados. Tabelinha entre Moralez e Silva. Em seguid, uma assistência com alguma sorte do uruguaio para Fernández e o chute com força do ex-River para sobrepujar De Olivera: 2 x 1.
A Academia teve oportunidades boas para empatar (Barovero se saiu melhou num mano a mano com Hauche). O time de Ricardo Gareca também contou com chances de ampliar a distância, de modo que o primeiro tempo terminou como havia começado: movimentado, com ataques lá e cá e o resultado aberto.
Na volta dos vestiários, Racing dominou a posse de bola e teve mais raça na busca pela Sul-Americana. Mas o Vélez, mesmo cedendo o domínio, mostrou os atributos que o levaram a coroa: boa distribuição da bola, triangulações, avanços pelas alas, boas jogadas individuais e criações de risco frente ao gol rival.
Como o cenário geral apontava mais a um terceiro gol Fortinero do que ao empate Blanquiceleste, que alías não seria o bastante, a medida que o tempo passava, os locais festejavam cada vez mais, e os visitantes se conformavam com a desilusão.
VÉLEZ SARSFIELD: Barovero; Gastón Díaz, Tobio, Ortiz e Papa; Augusto Fernández, Canteros, Zapata e Maxi Moralez; Martínez e Silva. DT: Ricardo Gareca
RACING CLUB: De Olivera; Aveldaño, Martínez e Cahais; Pillud, Franco Zuculini, Yacob e Licht; Toranzo; Hauche e Lugüercio. DT: Miguel Angel Russo