Racing e San Lorenzo perdem seus treinadores
Em 2014 dois grandes clubes do futebol argentino quebraram tabus que incomodavam tremendamente seus torcedores. O Racing venceu o campeonato argentino pondo fim a uma seca de títulos que já durava treze anos. E o San Lorenzo finalmente venceu uma Libertadores da América, algo que há tempos já havia sido obtido pelos outros quatro grandes e até por clubes considerados pequenos, como Estudiantes, Vélez Sarsfield e Argentinos Juniors.
Nesta quinta feira os dois clubes tiveram um desfecho semelhante para aquelas duas histórias. No mesmo dia os treinadores responsáveis pelos títulos anunciaram que deixarão o comando técnico dos gigantes ao fim do ano. Diego Cocca não seguirá no Racing e Edgardo “Patón” Bauza tampouco ficará no San Lorenzo. Os motivos não deixam de ser semelhantes. Ambos os treinadores alcançaram conquistas muito sonhadas pelos torcedores, e o fato de ambos terem passado 2015 em branco, ainda que com boas campanhas, não foi bem tolerado por dirigentes, imprensa e hinchas. Assim, Cocca e Bauza acharam melhor mudar de ares.
Segundo vários veículos da imprensa argentina, o nome favorito da direção do Racing para assumir a equipe é o de Guillermo Barros Schelotto. O jovem treinador realizou uma ótima estréia na função comandando o Lanús nos últimos anos e além de tudo tem como auxiliar seu irmão gêmeo Gustavo, ex-jogador da Academia no título de 2001. A segunda opção seria Facundo Sava, ex-capitão da equipe na década passada e que vem realizando bom trabalho no Quilmes. Corre por fora o nome de Gustavo Costas, que passou pela Academia como jogador e treinador e se destacou comandando os colombianos do Santa Fé. No entanto, seria pretendido por clubes mexicanos.
No San Lorenzo o nome apontado como favorito da direção é o de Pablo Guede, que atualmente comanda o Palestino do Chile. Uma aposta curiosa, já que Guede é adepto de um futebol bastante ofensivo que contrasta claramente com o estilo cauteloso de Bauza. O canal TyC Sports informou que o contrato de Guede com os chilenos tem uma curiosa cláusula segundo a qual o treinador sairia sem pagar multa caso o destino fosse o San Lorenzo, sinal inequívoco de que há interesse mútuo na transferência. Ainda que seu nome pareça o mais provável, a imprensa argentina também ventilou outras possibilidades caso a negociação não se concretize, como Santiago Solari, Ruben Dario Insúa, Diego Cocca e até o brasileiro Silas, ídolo do clube como jogador.