Categories: Primeira Divisão

Racing deu uma “mãozinha” para o rival

Tinha tudo para dar errado para o Racing, em San Juan. Isto porque o Verdinegro parecia disposto a vencer, já que o Rojo havia perdido na rodada. Em campo, o conjunto de Zubeldía estava estranho e mal distribuído em campo. Era dominado pelo San Martín e realizava uma partida pífia. Mas a partir de uma jogada quase fortuita chegou às redes de Luciano Pocrnjic. A partir daí, foi só contar com o desespero verdinegro para ampliar. Terminou 3×0 para a Academia e sem maiores problemas.

Nos primeiros minutos, nenhuma das equipes se candidatava ao protagonismo e a pelota era maltratada por um time e por outro. Após alguns instantes, o Verdinegro melhorou e tratou de mostrar quem mandava no Hilário Sánchez. O Racing sequer via a bola; quando a recuperava, a perdia com facilidade, principalmente no meio-campo.

Embora não conseguisse criar situações de perigo para o Verdinegro, o Racing tentava projetar Pillud ao menos para aumentar o efetivo no meio. Só que era justamente no costado do ala que o San Martín encontrou uma avenida para desfilar seu futebol. Para sorte do Racing, esse futebol era e é bem pequenininho.

E quando parecia que o San Martín se agigantava na peleja, eis que apareceu De Paul para acertar um tiro forte ao arco de Luciano Pocrnjic. No rebote, Zuculini guardou: 1×0 Racing.

Em parte o gol do Racing ocorreu, pois a equipe local marcava com uma linha de três, só que de forma ineficaz, pois havia lentidão, dispersão e mal posicionamento dos trio defensivo verdinegro. Mas se Vietto, isolado, não era o problema. bastou uma única chegada do rival pelo flanco esquerdo para a defensiva local se mostrar insegura e incompetente. Em parte, o gol também saiu porque embora tivesse o domínio da partida, o Verdinegro mostrava muitos limites na construção de jogadas. Quando elas ocorriam, a pelota não recebia uma boa condução.

Tanto é assim que a primeira jogada de perigo ocorreu somente aos 33 minutos, com um arremate de Canuto. Dez minutos depois, Emmanuel Más teve a melhor chance do primeiro tempo, mas desperdiçou. Dois minutos depois e a torcida local já comemorava o arremate de García, mas Saja salvou o Racing.

Na segunda etapa, a equipe de Zubeldía era outra. Talvez porque tenha sofrido muitos nos últimos minutos da etapa anterior. Talvez porque o elenco recebeu aquela bronca de Zubeldía. De concreto mesmo foi a postura da equipe. Logo aos 2 minutos, Vietto acertou um chute forte de canhota e quase amplia o marcador.

A atitude do visitante pareceu incomodar demais o Verdinegro. E se a situação já parecia difícil, ficou ainda pior com a entrada de Fariña no lugar de Camoranesi. O resultado disso foi logo visível e três minutos depois Vietto recebeu a pelota de Zuculini e ampliou para o Racing: 2×0.

Não que o San Martín não criasse situações. Até que conseguia aprontar algumas. Só que o velho problema dos pequenos times persistia: a dificuldade de colocar a pelota nas redes do rival. Osório e Más tentaram por mais de uma vez. Nada. Era o conjunto local tentando pressionar, mas sem ser efetivo e deixando muitos espaços para o contra-ataque acadêmico. Aos 31, De Paul teve a chance de ampliar, mas a pelota foi desviada antes de entrar. Três minutos depois, não teve jeito. Zuculini fez boa assistência e Vietto chegou lá: 3×0 para o conjunto de Zubeldía.

O jogo já havia sido interrompido por quase dez minutos. Instantes depois do terceiro gol novamente a confusão tomou conta das arquibancadas do Hilário Sánchez. Foi então que Carlos Maglio resolveu não acrescentar e pôs fim à peleja em San Juan. Desta forma, o Racing volta a vencer no Torneio Final e dá uma mãozinha para o rival de bairro, o Independiente, que contava com empate ou derrota do Verdinegro para não retornar à zona da degola.

Outros resultados: Unión 1×1 All Boys; Independiente 0x1 Godoy Cruz; Belgrano 1×0 Vélez Sarsfield.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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