É sempre dramático. Como os melhores tangos que ecoam nas esquinas de Buenos Aires. É sempre sofrido. Como a história albiceleste manda ser. Mas é sempre inesquecível. E dessa vez a noite só teve um dono: LIONEL Andrés MESSI Cuccittini. Ou simplesmente MESSI. Questionado, criticado por alguns dos seus, colocado a prova, mostrou de uma vez por todas (como se ainda precisasse provar algo) que é hoje no mundo o atleta mais completo em atividade no futebol. MESSI levou praticamente sozinho, a Argentina a mais uma Copa do Mundo.
Sim, a Argentina estará lá. E a Copa do Mundo se alegra porque sabe que MESSI estará lá. E Jorge Sampaoli terá agora tempo para trabalhar, ajeitar e montar um time que possa dar suporte e ajudar o gênio que veste aquela camisa de número 10 a chegar a um sonho maior, que escapou por muito pouco em 2014: o tricampeonato mundial.
O jogo
Nem o torcedor argentino mais pessimista esperava um balde de água fria como o que o time levou com menos de 1 minuto de jogo. Com toda a pressão do mundo nas costas, a Argentina viu o Equador partir pra cima no primeiro ataque e marcar seu gol com Romário Ibarra, que tocou na saída de Romero colocando os donos da casa na frente. O resultado já tiraria completamente a Argentina de alguma chance de embarcar para a Russia. E pela fase, pelos últimos jogos, pela anemia ofensiva do time, pela pressão, pelo psicológico abalado, ninguém esperaria nada mais do que uma desorganização total que culminaria numa tragédia ainda maior. Mas a Argentina tinha MESSI. E os “deuses do Futebol” sabem que não se pode duvidar de gênios como MESSI.
E foi ele, MESSI que aos 11 minutos conseguiu o que há tempos o torcedor argentino não sabia o que era: comemorar um gol pela seleção. Benedetto puxou o contra ataque, passou para Di Maria que colocou na medida para MESSI empatar o jogo e devolver a esperança para os mais de 43 milhões que acompanhavam o drama albiceleste. O empate ainda não era suficiente, mas ao menos uma fagulha de esperança tinha surgido: um gol! Coisa que acontecera pela última vez no longínquo mês de março, quando a seleção venceu o Chile por 1-0 num gol de pênalti de MESSI. Outro gol apareceu diante da Venezuela, mas marcado pelo zagueiro Fletscher contra, logo o tento de MESSI era como uma dose de vitaminas na angustiante anemia ofensiva da equipe.
Apenas 8 minutos depois de empatar, MESSI apareceu de novo e dessa vez a sorte voltou a sorrir para o gênio. A maldita sorte que faltou em tantos momentos nessas eliminatórias e que no último jogo contra o Peru fez a bola bater caprichosamente na trave, dessa vez tratou de colocá-la nas redes, estufando o gol adversário e colocando de novo a Argentina na Copa do Mundo.
Daí pra frente os 2800 metros de altitude passaram a ser mais um adversário no caminho para Moscou. O time diminuiu o ritmo, esperou o Equador que cresceu na partida e soube se portar bem no sistema defensivo. Aos 17 minutos da segunda etapa, MESSI tratou de aparecer de novo para carimbar de vez o passaporte da Argentina, de seus companheiros e colocar na mala o sonho de 43 milhões de habitantes, de Jujuy até a Tierra del Fuego: 3-1 e a Argentina está na Copa!
MESSI, que ameaçou deixar a Albiceleste após as perdas das Copas Américas nos últimos anos, que sofreu duras críticas de vários compatriotas e que ainda ouve a blasfêmia e a heresia de ser comparado com outros craques em atividade, levou sozinho um país, um gigante do futebol mundial para a Copa do Mundo. “Na preleção, antes do jogo todos sabíamos que teríamos a responsabilidade de levar MESSI ao Mundial, de levar o melhor jogador do mundo para o Mundial, sabíamos disso”, declarou Jorge Sampaoli em sua entrevista coletiva após a partida. E completou. “O futebol deve um Mundial a MESSI”.
No fim, foi MESSI quem os levou. E que a dívida enfim seja paga. Ainda há tempo para MESSI.
ARGENTINA: Romero; Mercado, Otamendi e Mascherano; Salvio (Fazio), Biglia, Enzo Pérez e Acuña; Di Maria (Paredes), Benedetto (Icardi) e MESSI. Téc.: Jorge Sampaoli
EQUADOR: Banguera; Arboleda, Velasco, Aimar e Ramírez; Intriago (Uchuari), Cevallos (Enner Valencia), Orejuela, Renato Ibarra e Romario Ibarra; Ordoñez (Estrada). Téc.: Jorge Célico
Na Copa
Com a Argentina, estarão na Copa o Brasil já classificado há tempos, o Uruguai que venceu a Bolívia por 4-2 em Montevideo e a Colômbia que empatou com o Peru em 1-1 em Lima. A seleção peruana vai para a repescagem contra a Nova Zelândia e tenta voltar ao Mundial após 35 anos. Sua ultima participação foi no mundial da Espanha em 1982, quando caiu na primeira fase com dois empates e uma derrota.
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