Quantas vezes você já ouviu um alguém falar que Lionel Messi nunca jogou bem pela Seleção Argentina? Tal heresia é dita por uma grande parte de jornalistas, torcedores, secadores, sejam eles brasileiros, argentinos e porque não, catalães. E tudo devido a nossa curta memória e, principalmente pela falta de títulos da Albiceleste com a seleção principal.
Mas, se formos analisar os jogos, a história não é bem essa. Há quatro atrás, quando disputou o seu primeiro Mundial, o craque do Barcelona, teve apenas 30 minutos para sacramentar a goleada por 6×0 sobre a Sérvia e Montenegro. Ali, o jogador não só deu um passe para Crespo, como marcou o sexto gol argentino.
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No empate sem gols contra a Holanda, Messi voltou a jogar bem, distribuindo a bola e tendo uma das melhores chances de marcar. Aquela foi sua única partida como titular em um Mundial. A única partida em que não teve uma boa participação foi nos 35 minutos que esteve em campo contra o México. Na eliminação, contra a Alemanha, muitos criticavam Pekerman por não colocar o ‘Pibe’ em campo. E deu no que deu. Argentina eliminada.
Na Copa América do ano seguinte, disputada na Venezuela, Lionel Messi foi um dos grandes responsáveis pelas cinco vitórias da Argentina na competição. Na estréia contra os EUA, o craque argentino só apareceu na segunda etapa. Ali, deu dois chutes perigosos a gol, e deu passe pra um dos tentos de Crespo. O mesmo aconteceu na vitória por 4 a 2 sobre contra a Colômbia. Messi participou de nada menos que dois gols.
Contra o Peru, já na segunda fase, Messi foi ofuscado por Riquelme, que jogou um futebol de primeiro nível. O jogador do Barcelona marcou o segundo gol, quase marcou o terceiro (Butrón deu rebote para Mascherano converter), e só não marcou o quarto porque Román apareceu antes.
Todavia, contra o México, Messi não só desencantou como foi considerado de antemão um dos melhores jogadores do campeonato. Os jornais argentinos até estamparam na capa a frase ‘Messico 86’, um jogo de palavras com Messi, mágico e México, lembrando o que Diego Maradona fez a 24 anos no próximo México.
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Naquele 11 de julho de 2007 (coincidência ou não, data da final da Copa do Mundo), Messi marcou um golaço, aproveitando que Oswaldo Sanchéz estava adiantado. Na final contra o Brasil, bem marcado, até conseguiu marcar um gol, que foi bem anulado pela arbitragem. Se tivesse vencido, todas as críticas o jogador cairiam por terra.
Desde então, muitos dizem que Messi não joga bem pela Argentina (com exceção das Olimpíadas). Pelas Eliminatórias, contra a frágil Venezuela, fez uma boa apresentação. Marcou o primeiro gol, deu passe para o segundo e iniciou a jogada do terceiro no meio campo. Os comentaristas já diziam. “Um futebol indiscutível de Messi”. Agora, virou um monstro que agora uma incógnita para um Mundial.
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Tudo indica que essa será a chance de Lionel Messi. Na partida de estréia, tudo indica que La Pulga terá toda liberdade em campo, assim como joga no Barcelona. É bem verdade que não tem jogadores do nível do clube espanhol, mas conta com o apoio de Verón, que desde 2007 é um pai ao jogador dentro de campo.
Messi pode sair do inferno e ir para o céu, assim como fez Maradona em 1986. Muitos não lembram, mas antes de D10s, o Imperador Maradona, como era conhecido na Argentina, era alvo de críticas da imprensa local. A prova real será tirada a partir de sábado, às 11h, em Johanesburgo.
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Ótima matéria. Parabéns.
O pessoal julga apenas pela etapa final das Eliminatórias. Infelizmente constuma-se dar mais enfaze em partidas ruim que boas.
Messi ainda vai fazer muito pela Agentina.