Quando as estrelas estão no banco
Uma das grandes peculiaridades do Torneio Final, que começa nesta sexta-feira, é o fato de que muitas das principais estrelas estarão sentadas no banco. Apesar de algumas contratações de impacto terem ocorrido na janela de transferências (Gago, Martínez, Iturbe), a verdade é que algumas das principais atrações serão os treinadores. Alguns pela experiência e trajetória vitoriosa. Outros pela expectativa de que se tornem uma nova safra de treinadores de ponta.
CARLOS BIANCHI – O treinador mais vencedor da história boquense está de volta ao Boca. O Virrey conquistou 4 títulos nacionais, 3 Libertadores e 2 títulos mundiais para os xeneizes (antes, havia levantado 3 nacionais, 1 Libertadores e 1 Mundial com o Vélez). Agora, aos 63 anos, retorna da aposentadoria para tentar levar o clube de volta ao topo.
RAMÓN DÍAZ – O River também voltará a contar com seu mais vitorioso técnico: vencedor de 5 torneios nacionais, 1 Libertadores e 1 Supercopa pelo quadro de Núñez, El Pelado Díaz é um dos maiores ídolos da história do clube. Também foi campeão nacional com o San Lorenzo. Após alguns anos sem conseguir resultados expressivos, volta ao clube em que se consagrou como jogador e treinador para tentar devolver o Millo a seus dias de glória.
AMÉRICO GALLEGO – Campeão nacional por River Plate, Newell’s e Independiente, o Tolo é um dos únicos treinadores a levar três equipes a um título argentino (o outro é José Yudica, campeão com Quilmes, Argentinos Jrs. e Newell’s). Foi o último treinador a se sagrar campeão do país pelo Rojo, em 2002 (ver aqui), e retorna em um momento delicadíssimo, tentando salvar o clube de um inédito rebaixamento.
GERARDO MARTINO – Após desenvolver um excelente trabalho na seleção paraguaia, Tata Martino recusou convite da seleção colombiana em busca de um sonho: levar seu clube do coração (é o jogador recordista de partidas com a camisa do Newell’s) a um novo título nacional. No fim de 2012, desprezou sondagens do Boca Juniors para seguir em busca do desejo.
RICARDO GARECA – Torcedor confesso do Vélez, El Tigre está há quatro anos no time, conquistando 3 torneios nacionais para o clube de Liniers. Agora vai em busca de novas conquistas, incluindo a Libertadores.
LUIS ZUBELDÍA – Apontado como uma das maiores promessas da nova geração de treinadores argentinos, Zubeldía fez um ótimo trabalho no Lanús, e após uma passagem pelo Equador chegou ao Racing. Fez um bom torneio Inicial, colocando a Academia na disputa pelo título, e espera poder levar o clube a encerrar seu jejum de 11 anos.
JUAN ANTONIO PIZZI – Despontou como treinador pelo seu belo trabalho na Universidad Católica, onde conquistou o título chileno de 2010. Fracassou na tentativa de devolver o Rosario Central, clube de seu coração, à elite, e chegou para tentar salvar o San Lorenzo do rebaixamento. Conseguiu terminar o Inicial fora da zona da degola, e agora sonha com voos mais altos.
ROBERTO SENSINI – Ex-jogador com importante passagem pela seleção argentina, o Boquita tenta se afirmar na carreira de treinador. Teve uma boa passagem pelo Newell’s, onde fora revelado como jogador, e agora tenta fazer com que o Colón finalmente se transforme em protagonista do futebol argentino.
MARTÍN PALERMO – Assim que encerrou sua carreira como atleta, o mítico ex-atacante xeneize anunciou seu desejo de ser treinador profissional. No fim de 2012, finalmente recebeu sua oportunidade, e assumiu um Godoy Cruz muito mal das pernas. Treinou o Tomba nas duas últimas rodadas do Inicial, empatando com Quilmes e Boca, e agora iniciará para valer, sob intensa expectativa, sua carreira de treinador.
GUILLERMO BARROS SCHELOTTO – Outro ídolo xeneize, o Mellizo, em dupla técnica com seu gêmeo Gustavo, fez um bom trabalho no Lanús em seu primeiro semestre como treinador. Os irmãos chegaram a ser sondados pelo Boca após a saída de Julio César Falcioni, mas preferiram dar continuidade a seu trabalho no clube do sul da Grande Buenos Aires.