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Quando apenas a mística não funciona

Bombonera e Riquelmes; místicas Xeneize

Desde Buenos Aires – Foi pela Copa Libertadores que ele voltou ao Boca e o mais recente tropeço dentro de casa, não tira de Riquelme a esperança em seguir vivo na competição; “Temos as mesmas chances que todos os outros”, disse o ídolo logo depois do apito final e da inesperada derrota por 1 a 0 diante do Nacional-URU. Nada de baixar a guarda. Ainda restam nove pontos em disputa e ao que parece o clube da Ribeira vai brigar pela segunda colocação com o Toluca-MEX. Os dois times terão que jogar duas partidas na condição de visitantes em seus próximos três encontros e se enfrentarão na última rodada no México. O Nacional-URU dá mostras que vai se firmar como um sólido primeiro colocado no grupo.

Mas o que antes sempre foi o grande ponto forte e sinal de boa parte da mística Xeneize, não parece estar fazendo muito efeito. A tão temida Bombonera parece já não assustar tanto assim. Na Libertadores do ano passado o time quase se complica logo em sua partida de estreia no grupo ao perder para o Fluminense por 2 a 1. Na decisão, o amargo empate em seus domínios em 1 a 1 com o Corinthans fez a equipe levar na bagagem para São Paulo a incerteza e um boa dose de desconfiança no título. Nesse ano a equipe já acumula dois fracassos nos dois jogos que disputou em casa pela competição; derrota para o Toluca por 2 a 1 e a que vimos ontem à noite.

Se uma de suas místicas não está funcionando, é hora de apelar a outra. E ela responde pelo nome de Juan Roman Riquelme. O camisa 10 que possui três títulos na competição internacional -2000, 2001 e 2007- divide com Martin Palermo a artilharia do clube no torneio; 23 gols para cada um. É o segundo jogador que mais atuou com a azul e ouro nessa competição com 68 partidas, apenas duas atrás de Clemente Rodríguez. Tudo isso parace ser suficiente para habilitá-lo como a solução de qualquer problema, mas Riquelme não jogou bem. Contra o Nacional-URU pareceu apenas mais um em campo e isso não combina com ele.

Apesar disso tudo, Riqueleme acredita em si. “Se jogarmos como jogamos hoje, eu acho que a bola em algum momento vai entrar. Restam nove pontos ainda, confiamos no que nós temos e tomara que possamos nos classificar. Fizemos um bom jogo e mereciamos mais”, disse.

E quem ousa duvidar de Riquelme e suas credenciais?

 

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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