Em San Juan, o San Martin recebeu o Independiente e venceu por 1×0 com um gol de Gastón Capari na etapa complementar. O gol foi o resultado de uma das poucas jogadas de ataque do Verdinegro, que foi dominado pelo Rojo na maior parte do primeiro tempo. No segundo, foi melhor, ainda que não deixasse de lado sua postura mais voltada para a defesa que para o ataque. Bem posicionado, bastou que controlasse o previsível visitante, anulado sua única forma de atacar: pelos lados do campo.Com o resultado, o San Martín se afasta ainda mais da zona da “promoción” e, na mesma proporção, complica bem a vida do San Lorenzo.
Nada de novo em San Juan. Isto por que o San Martín deu sequência à boa fase vivida no final de 2011, quando somou muitos pontos e se manteve longe do descenso direto. Ao receber o Independiente, o conjunto local apostou nos erros do adversário para chegar à vitória. Fica claro que Garnero tem se preocupado bem mais com a formação e desempenho defensivos do que com o ataque. Esta atitude está ligada à outra, a do desgaste do adversário até que ele erre e ofereça ao Verdinegro a chance de fazer um gol. Foi exatamente o que aconteceu ontem diante do Independiente.
Nos primeiros 45 minutos, o Rojo foi melhor na maior parte do tempo, ainda que seu rival já incomodava nos minutos finais. No segundo, a estratégia do Verdinegro foi facilitada com o bloqueio sobre as saídas com Defederico, um dos melhores em campo até então. Defederico era figura importante no esquema de Díaz, pois era a opção de saída por um dos flancos do campo, o outro era ocupado por Patito Rodríguez. Com o bloqueio a essa jogada, o conjunto dirigido por Ramón Díaz pareceu refém de outras alternativas para o ataque. A partir daí, o meio-de-campo verdinegro começou a mandar no cotejo.
No Independiente ficou claro as dificuldades de seu treinador de contar com um banco de reservas capaz de alterar os rumos de um jogo. Patito Rodríguez ainda não é sombra daquele jogador insinuante do Clausura de 2011. Tampouco “El Tecla” Farías parece bem física e tecnicamente. Então, se Díaz pensa em modificar esse cenário, a partir do banco de reservas, terá de lidar com uma triste realidade: o Rojo não tem banco para tal. Já seu rival, chegou ao gol da vitória aos 16 minutos com Gastón Caprari, justamente no momento em que seu jogo organizado já superava o visitante de Avellaneda.
Longe dos limites táticos do Independiente, o San Martín parece um time bastante equilibrado, ainda que seu elenco seja bastante limitado tecnicamente. Apesar disso, tem se mostrado um time muito duro a ser batido. O que facilita a concretização de seu objetivo, que é a permanência na primeira divisão. Na próxima rodada, o Rojo será anfitrião para o Lanús, enquanto o San Martín irá até Victória se deparar com o Tigres.
Formações:
San Martín (S.J.): Luciano Pocrnjic; Marcos Galarza, Cristian Grabinski, Lucas Landa, Emmanuel Más; Mauro Bogado (Facundo Affranchino), Pablo Cantero, Maximiliano Bustos, Federico Poggi (Marcelo Carrusca); Gastón Caprari (Claudio Graf ) e Sebastián Penco. Técnico: Daniel Garnero.
Independiente: Hilario Navarro; Eduardo Tuzzio, Julián Velázquez, Gabriel Milito, Lucas Krupszky; Matías Defederico, Cristian Pellerano (Hernán Fredes), Fernando Godoy, Patricio Rodríguez (Osmar Ferreyra); Leonel Núñez (Facundo Parra) e Ernesto Farías. Técnico: Ramón Díaz.
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