Lionel Messi soltou o verbo após a partida. O desejo de jogar com dois à frente não é novidade para ninguém, muito menos para Sabella, que acabou seguindo outras convicções e optou iniciar o Mundial com uma linha de 5 defensores e 2 atacantes, Messi e Aguero. Ao sair a escalação, o espanto foi nítido entre muitos argentinos presentes nos arredores do Maracanã. O desejo de Messi é o desejo da maioria dos torcedores. O fato é que iniciar com o 5-3-2 não trata-se de um invencionismo ou tentar seguir o padrão holandês que goleou a Espanha em Salvador. O esquema faz parte do leque de opções que Sabella aderiu à equipe no decorrer dos anos até chegar ao Mundial. Menos treinado e utilizado comparado aos demais, o 5-3-2 foi a opção escolhida.
Povoar a grande área e ganhar corpo nas bolas aéreas foram cruciais na escolha do treinador argentino nos minutos iniciais. A bola aérea da Bósnia causava preocupação.
A baixa participação ofensiva dos alas Zabaleta e Rojo contribuiram para um isolamento dos três meio-campistas, que muitas vezes encontravam soluções através das bolas longas de Mascherano, jogador que mais realizou inversões(7*) e lançamentos certos(4*) no jogo ou então pelas arrancadas de Di Maria pelo setor canhoto.
O isolamento de Messi era visível, encaixotado pela marcação bósnia, e com poucas opções de tabela no ataque, já que Aguero buscava afunilar para que o ataque ganhasse profundidade e espaço. Maxi Rodríguez fez atuação muito abaixo do esperado e muito mais enganjado em carregar a bola do que buscar o passe no meio, teve parcela de culpa na falha sociedade com Messi no meio-campo. Entre os meio-campistas e atacantes, Maxi foi o que menos passou bolas certas no jogo, 31* ao todo.
As entradas de Higuaín e Gago no segundo tempo melhoraram o rendimento de Messi em campo, mas deixaram dúvidas no ar sobre a ocupação dos espaços no campo defensivo. A qualidade no passe de Fernando Gago foi essencial para que Messi tivesse mais atuação próximo à área adversária, face inversa do primeiro tempo em que Lionel precisava recuar, buscar a bola e realizar a transição. Dos 51* passes de Gago na partida, 18 foram para Messi, quase 50% do total. Higuaín, ainda fora de forma, fez o que lhe coube, avançou, conseguiu profundidade e abriu o setor do meio para Messi arrancar e jogar como gosta. E assim saiu o gol que explodiu o Maracanã.
Aguero visivelmente cansado e Higuaín, sem condições ideais de jogo e mais aplicado em fazer o pivô para Messi do que necessariamente marcar, podem explicar o buraco deixado no meio-campo na segunda etapa do Maracanã. Algo para se aprimorar e refletir.
Após o gol da Bósnia, Sabella foi ágil, como foi na entrada do segundo tempo. Lucas Biglia entrou no lugar de Aguero, povoou o meio-campo e melhorou a marcação.
O fato é que a equipe agora terá tempo para corrigir as falhas, visto que os próximos jogos serão em tese mais tranquilos que a estréia. Sábado, diante do Irã, a Argentina deve iniciar no Mineirão com a mesma formação quando Messi marcou o segundo gol contra a Bósnia. É preciso melhorar.
*Dados via Footstats
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