San Lorenzo

Pizzi: “após derrota para o Boca, fizemos uma profunda autocrítica”

Nem bem se livrou dos efeitos do banho de bola que levou do Boca, o San Lorenzo se rearma para encarar o Albo no final de semana. Para animar a torcida, Pizzi deu uma declaração e explicou muitas coisas. Disse que reuniu todos os jogadores e fizeram uma espécie de autocrítica. Além disso, aproveitou para dizer que “não tenho nenhum compromisso com os jogadores. Não existe futebolistas indispensáveis”, disse em bom tom e ao se referir especialmente ao porteiro Migliore.

Disposto a chamar a responsabilidade pelo momento do clube, o técnico Juan Antonio Pizzi deu hoje uma entrevista coletiva e fez revelações à imprensa e aos torcedores do San Lorenzo. Disse que se reuniu com todo o elenco a fim de fazer uma autocrítica sobre as responsabilidades de cada um no atual momento da equipe. Segundo o treinador: “fizemos uma forte autocrítica no vestiário, que é o lugar onde se deve falar de certas coisas”.

Em relação à atual irregularidade de Migliore, o treinador disse que é bem possível que o guardametas deixe o arco cuervo. Em linhas gerais, essas foram as declarações do ex-comandante do Rosário Central:

“Sempre é melhor contar com todos os jogadores. Porém, não é uma desculpa o fato de não termos todos os jogadores à disposição”, quis se referir ao alto número de atletas no departamento médico, e naturalmente se esquecendo que a grande maioria das equipes vive o mesmo problema.

“Em algum momento, vamos ter a devida recompensa a todo esforço que estamos fazendo”, prognosticou, talvez não levando em conta que no atual momento do time não há outra cartilha a seguir. E disse mais: “não aceito que uma equipe minha não tenha a vontade e a rebeldia para reverter a situação”, continuou.

“Estamos tratando de combater pouco a pouco os aspectos negativos da equipe. Entre eles, está a queda de rendimento que apresentamos nos segundos tempos”. E relacionou o problema aos jogadores, de certa forma: “ os jogadores colocam toda a vontade em campo e estão se esforçando de maneira incrível nestas últimas três semanas em que estou no clube”, revelou Pizzi, de modo antipático, ao desconsiderar que talvez o seu antecessor produzisse o mesmo efeito nos jogadores.

“Acredito que os assuntos internos hão de ser solucionados nos vestiários. Da mesma forma, devo reconhecer que tivemos uma grande autocrítica, após o cotejo diante do Boca Juniors”, revelou Pizzi.

E sobre o porteiro Migliore, que não vive um bom momento, o comandante cuervo disse que “nenhum jogador tem seu posto assegurado na formação titular. Digo isto, pois não tenho nenhum compromisso com eles. Todos têm possibilidades de jogar. Além disso, na Argentina, exceto em raros casos, ninguém é indispensável. E Migliore é mais um nesta situação”.

Para não mostrar que só dá porradas no elenco, Pizzi disse que “Buffarini me permite alternar sua posição entre a lateral e o meio-campo. E essa variação é algo que eu tenho de utilizar para o tipo de partida que teremos pela frente”, finalizou o comandante do banco cuervo.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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