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Paulo Guerrero pode deixar Corinthians e reforçar Boca

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Por enquanto é conversa. E apenas conversa interna entre Bianchi e o presidente xeneize, Daniel Angelici. Tampouco seria para agora, mas para o período pós-Copa do Mundo. Mas convém à torcida do Boca que leve a sério essa história. Diretoria do Timão não esconde que quer dispensar todo mundo que não rende. Diretoria do Boca acena com simpatia a todas as loucuras possíveis para que o ataque do time ganhe rendimento. E no meio disso há a ótima relação entre os cartolas de ambos os clubes. Então, por que não embarcar na fantasia. Ela não é nada impossível.

Tudo indica que a diretoria do Boca Juniors vai mesmo bancar Carlos Bianchi no comando do banco de reservas da equipe. Se é assim, convém que a cartolagem banque também a profunda renovação que o Virrey pretende fazer. Muita gente vai embora, mas, por enquanto, os que devem chegar não são muitos. A ideia consiste em contratar de forma cirúrgica. Trazer um ótimo nome para as posições que o técnico indicar e formatar um elenco com ótimos titulares e vários atletas jovens e promissores.

Dentre os nomes, estão os do porteiro Fernando Monetti, do Gimnasia; Walter Samuel, da Inter; Rick Centurión, do Genoa e Gonzalo Bergessio, do Catania. Mesmo que Bergessio e Centurión sejam destro, ambos podem variar suas atuações por um ou outro lado do campo. O nome de Gerrero surgiu mais recentemente e ganhou relevância na conversa recente entre Bianchi e Angelici. Centralizados entre os dois atacantes citados, poderiam atuar tanto Gigliotti quanto Paolo Guerrero. Nico Blandi já se foi e Riaño também já está de saída. Tudo indica que “el Puma” deva permanecer. Contudo, Guerrero chegaria, pois Carlos Bianchi perdeu confiança no seu atual titular da camisa 9.

Relevante para o caso é o atual momento de Guerrero no Timão. Não está bem e rigorosamente não voltou a jogar uma boa partida desde quando foi decisivo para o Corinthians no Mundial de Clubes de 2012. Além disso, as coisas não andam de vento em popa no próprio conjunto de Parque São Jorge. Sua atual diretoria sofre o fantasma da positiva e grande passagem de Andrés Sánchez pela presidência do clube. Esta situação ficou ainda pior, após certo distanciamento entre o antigo e o atual presidente, Mario Gobbi.

Acusado de não manter o alto nível da gestão anterior, Gobbi se vê na obrigação de compensar a queda de receitas pela saída de jogadores caros e de parco rendimento. Guerrero é um deles, embora isto não seja assumido publicamente. A situação é tão complicada, que num caso de empréstimo, o artilheiro peruano – que tem contrato até julho de 2015 com o Timão – poderia ir para o Boca e seguir recebendo metade de seu alto salário por parte de seu atual clube.

E para facilitar as coisas às pretensões xeneizes a relação entre os cartolas de Corinthians e Boca Juniors são as mais amistosas possíveis. Realmente não seria difícil a negociação. Claro que o Timão não gostaria que se tratasse de um empréstimo, pois pretende não apenas recuperar parte dos investimentos feitos em Gerreiro mas também não precisar bancar com mais um mico de reforçar outro clube, pagando 50% dos salários de mais um de seus ex-jogadores. Só que a realidade dos clubes sul-americanos dificultam muito os planos do Timão.

Do outro lado, o do Boca, vale dizer que se de fato chegarem atletas como Guerrero, Bergessio, Centurión, e outros dessa naipe, outros terão obrigatoriamente de deixar o clube. Sánchez Miño e Erbes estão entre eles e de fato podem capitalizar o clube e facilitar a iniciativa de Bianchi de trazer gente de porte. Juán Manuel Martínez é outro de quem o conjunto da Ribera quer se livrar. Mas neste caso, dificilmente o clube conseguiria um bom retorno financeiro, já que o Burrito tem se destacado mais pelas confusões do que pelo bom futebol dos tempos de Vélez.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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