Para manter o emprego
De Córdoba/ARG – Pressionado. Assim está Sergio Batista para a partida desta segunda-feira contra a Costa Rica, a partir das 21h45. E curiosamente, o time argentino pode ser eliminado da Copa América por uma equipe que entrou pela porta dos fundos e com o apoio de sua torcida, o que aumenta ainda mais a responsabilidade do treinador. Por isso, armou uma equipe parecida com aquela que obteve o bi-campeonato olímpico em Pequim.
O dia foi dos mais agitados. Julio Grondona esteve no Prédio de Ezeiza para uma conversa com o treinador. Segundo Batista, nada demais. Contudo, os recentes resultados deixaram uma impressão ruim entre o presidente da AFA e o treinador da Seleção. “Julio disse para ficarmos tranquilos. Para levantar a cabeça e seguir adiante”, destacou o treinador, que está pressionado não só pelo dirigente como pela torcida. Durante a partida em Santa Fe entre Colômbia e Peru, os torcedores colocaram faixas a favor do retorno de Maradona ao cargo técnico.
Também puderá. O ano de 2010 que terminou bem para Batista, com uma vitória sobre o Brasil, começou as avessas. A vitória sobre o Portugal (2×1) foi praticamente a única importante no ano. Os outros triunfos foram com a seleção local ante o Paraguai (4×2) e Albânia (4×0). Fora isso, foram empates contra EUA (1×1), contra a própria Costa Rica (0x0) o Equador (2×2), também contra a seleção local e nas partidas pela Copa América (Bolívia 1×1 e Colômbia 0x0). Sem contar as trágicas derrotas ante Nigéria (1×4) e Polônia (1×2). Ou seja, um aproveitamento de apenas 46% em 2011. Muito aquém para quem se considera a principal candidata ao título.
Talvez por isso, Batista utilizará um sistema que deu certo há três anos, quando esteve a frente da Seleção Olímpica e obteve o segundo ouro consecutivo. “Essa equipe é bem semelhante com a de Pequim, mas sem mudar nosso pensamento atual”, destacou logo no início da conferencia de imprensa. Daquela formação contra a Nigéria, na final, somente Juan Román Riquelme não está entre os convocados. Garay, Monzón e Pareja hoje são opções no banco de reservas. Em seus respectivos lugares estão Zanetti, Gabriel Milito, Burdisso e Higuaín, o que mantém uma formação com a cara do bi-olímpico.
Para o duelo contra os costarriquenhos, Batista admitiu que o duelo de março não será nada parecido com o duelo de logo mais. “São jogadores que não jogaram na Costa Rica naquela oportunidade, mas que vai nos dificultar. Será distinto”, destacou o treinador, que confirmou a equipe que foi divulgada pelo Futebol Portenho na tarde de sábado. Vale lembrar que a Costa Rica foi convidada pela Conmebol as pressas para substituir o Japão, por conta dos incidentes naturais que aconteceram no País asiático no início do ano. Os costarriqunehos necessitam de apenas um empate para se garantir a segunda colocação do grupo B.
Polêmica
Batista também fez questão de minimizar a ausência de Pastore. Admitiu que houve uma possibilidade do jogador do Palermo em entrar para o duelo. “Ele foi um dos jogadores que me deixou com dúvida. É um grande jogador e tem vaga no esquema”, agregou o comandante da Albiceleste. Segundo informações obtidas pelo Futebol Portenho e aliadas os comentários de Diego Maradona em uma entrevista ao Olé, Batista teria um problema pessoal com o jogador devido a ausência no Sub20 de 2009, quando a Argentina ficou fora do Mundial. Como Pastore não teria forçado a convocação com o Huracán, o treinador teria ficado enojado com o atleta.