Para Argentina, é vencer ou vencer
De Buenos Aires – Seria mais do que clichê neste momento dizer que o momento da Seleção Argentina não é dos melhores. Mas, realmente não é. Depois de um início perfeito, com três vitórias, nem mesmo o mais pessimistas dos torcedores imaginariam uma situação como esta a duas rodadas das Eliminatórias. E tudo graças à fatídica derrota para a Bolívia, num primeiro de abril dos mais verdadeiros que já puderam existir.
Desde então, foi somente uma vitória nas quatro partidas seguintes da Seleção de Maradona nas Eliminatórias, num triunfo contra a Colômbia, sem muito convencimento. Depois, foram três quedas consecutivas, o suficiente para colocar a Seleção na quinta colocação, na zona de repescagem. E pensar que com Alfio Coco Basile, pediu demissão da Seleção Argentina quando o time estava na terceira colocação.
A situação, entretanto, pode ficar mais critica caso ocorra uma catástrofe. Caso Argentina perca no Monumental de Núnez – algo que somente aconteceu uma vez em toda história, na derrota por 5 x 0 para os colombianos, em 1993 – e Colômbia e Venezuela vençam seus jogos e Uruguai e Equador empate, a Seleção Argentina iria para a vergonhosa oitava colocação. E vale o destaque: todos estes resultados são bem possíveis de acontecer.
Para o jogo deste sábado, (FutebolPortenho transmite via Twitter), os jogadores tem tudo para evitar uma desgraça como a de ficar fora de um Mundial. Tem tudo principalmente por ter atacantes de área – apesar de Higuaín não jogarem nesta posição no Real Madrid– e com vários jogadores que estão dispostos a mostrar um perfeito futebol, como Pablo Aimar.
No banco de reservas, possivelmente terá Martín Palermo. O jogador do Boca Juniors, normalmente não deixa de anotar em partidas importantes. Juan Riquelme assumiu durante a semana que seriam necessários apenas 20 minutos em campo para que seu companheiro de equipe marque ao menos uma vez. Mas, porque não colocá-lo de cara? Somente Maradona poderia responder.
Pelo lado peruano, muito ódio em relação às declarações de Sérgio Agüero. Desta maneira, existe até uma possibilidade do jogador do Atlético de Madrid, e genro do técnico da Seleção Argentina de sequer ir ao banco de reservas.
O certo é que Argentina terá de ganhar ou ganhar. Qualquer resultado negativo deixa a situação mais complicada do que já está, como já foi dito acima. Teria de vencer o Uruguai de qualquer maneira na próxima quarta-feira além de torcer por uma combinação de resultados. Os torcedores que estarão no Monumental de Núñez – que não estará completamente cheio, seguramente – apoiarão em todo o tempo. Porém, não basta somente isso, o time terá de jogar como nunca jogou nas Eliminatórias desde que Maradona assumiu.
Prováveis formações
Argentina
Romero; Jonas Gutierrez, Schiavi, Heinze e Emiliano Insúa; Mascherano, Enzo Pérez e Dí Maria; Aimar; Messi e Higuaín
Técnico: Diego Armando Maradona
Peru
Butrón; Prado, Zambrano, Alberto Rodríguez e Vílchez; Torres e Ballón; Solano, Palácios (Valverde) e Vargas; Johan Fano
Técnico: José Chemo Del Solar
Árbitro: René Ortubé (BOL)
Estádio: Monumental de Núñez
Horário: 19h