“Riquelme é um dos últimos jogadores onde ainda se vê algo da cultura argentina”. A afirmação é de Angel Cappa, que semanas após deixar a direção técnica do River Plate, resolveu dar longa entrevista. Para ele, o jogador do Boca seria um dos últimos ecos do menottismo na Argentina.
Cappa se mostrou pessimista quanto ao futuro em seu país do futebol clássico que tanto lhe agrada. Mas acredita que em outras partes do mundo a situação seja melhor: “É certo que não vejo uma continuidade da nossa idéia na Argentina. Mas no mundo sim, pois tudo o que o Barcelona faz na Espanha é o que nós aqui chamamos de menottismo”.
O treinador seguiu o argumento dizendo que “Na Argentina este esporte se transformou em uma coisa horrível. O problema, sem dúvidas, é a falta de paciência. Qualquer flor que apareça, colocam um tanque em cima para não a deixar crescer”.
Para Cappa, pouco se salva nesse cenário. Elogiou alguns jogadores que estiveram com ele no River (Almeyda, Funes Mori, Ferrari) e o tridente ofensivo do Velez Sarsfield (Moralez, Martinez e Silva), bem como o jogo praticado pelo Godoy Cruz. Além, é claro, de Riquelme.
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