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Palermo: “não posso pedir mais nada”

Após começar mal o semestre, Martin Palermo vive um momento iluminado. Quatro gols nas últimas quatro partidas, vitória no superclássico, com um gol dele, que assim alcança o brasileiro Paulinho Valentim como o maior artilheiro do Boca Juniors na história dos enfrentamentos contra o River. Ovacionado pela torcida, Palermo vive dias de sonho a poucos jogos de se aposentar.

“Já não posso pedir mais nada. Ter 37 anos, estar a tão poucas partidas de me aposentar, ganhar meu último superclássico e fazer um gol, tudo isso é demais. Isso ficará entre minhas melhores recordações”, afirmou um visivelmente emocionado Martin Palermo. Que acrescentou: “Era isso o que eu queria, disse isso semana passada. Queria viver um superclássico como esse, estou contente, desfrutando disso tudo”.

Palermo fez questão de compartilhar a alegria da vitória com o treinador: “Acho que ele merece, pois tudo o que acontece agora é parte do projeto que ele começou em janeiro. Foi um técnico que nos convenceu, desde o primeiro dia, que para as coisas darem certo, é preciso muito trabalho e sacrifício. Falcioni me deu confiança em uma situação como a que eu vivia, me respeitou e confiou em mim. Por sorte pudemos dar uma satisfação a ele e a todos. Era merecido ir saudá-lo depois do gol”.

Ao fim, lembrou o indescritível momento de emoção que viveu ontem, ao fim do jogo: “quando Lucas (Viatri, que o substituiu aos 36 do 2o tempo) entrou e me sentei no banco, me dei conta do que estava acontecendo, e comecei a chorar. Me dei conta de que o fim chegou. Sei que vou sofrer, mas é uma decisão tomada. O corpo dá sinais de não aguentar mais, chega, e não quero jogar sem estar 100%. O que aconteceu até aqui já foi mais do que o suficiente”

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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