O comandante é o mesmo. A tropa pode ter perdido alguns soldados, como Gaston Fernandez e Mariano Andujar, mas na essência está inalterada. O troféu, simbolo do domínio Pincha sobre o continente latino-americano, ainda está em La Plata. E ainda que a conquista mundial tenha escapado por pouco diante do poderoso Barcelona, dá para considerar o Estudiantes como um desacreditado contra a América? Quem o fizer estará se condenando a derrota.
Todavia, os platenses já foram desacreditados no ano passado. A classificação não podia ser mais dramática, pois bastava um gol do Tigre contra o Boca nos ultimos minutos do jogo final no triangular do Apertura 2008 para que a vaga ficasse com o time de Victória. E no início, os Pinchas não souberam dar valor a isso, fazendo apenas 3 pontos nos primeiros três jogos. Só depois que demitiram Leonardo Astrada, a realidade mudou.
Sem precisar contratar um jogador sequer, Alejandro Sabella transformou a forma de jogar do Estudiantes. A organização do sistema defensivo, muito mais compacto de marcação mais forte. E principalmente, a preocupação em atacar apenas nas horas certas. Afinal, quem tem Desabato e Cellay na zaga, a precisão dos passes de Verón, a agilidade de Enzo Perez e o faro de gols de Mauro Boselli pode se dar tal luxo.
E na busca pelo penta, dois reforços agregam ainda mais respeito ao elenco Pincha. Orion preenche o vazio deixado pela transferência de Andujar, pois Albil não o substituiu a altura. Nenhum jogador com as características da “Gata” Fernandez foi contratado, mas José Sosa voltou do Bayern para se tornar uma opção criativa a mais na armação de jogadas. Ou seja, o time de Verón e companhia está ainda mais forte do que quando foi campeão.
Contudo, a principal vantagem de Sabella é também o ponto fraco Pincharrata. A ausência, ou até mesmo um dia ruim da Brujita ainda afeta o time de maneira violenta. Não quer dizer de forma alguma que o grupo dependa dele para ganhar. O time é estruturado o suficiente para vencer sem ele, ainda mais agora com Sosa. Só que para jogar em alto nível, Verón ainda é indispensável.
De maneira que ainda que não seja grande na Argentina. Ainda que não seja tradicionalmente temido como Boca e River, embora tenha mais titulos internacionais que os millonários. Não existe outro time na América inteira que deva ser mais respeitado como candidato ao título que o Estudiantes, o time de futebol mais inteligente na Libertadores.
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