16 títulos e milhões de corações apaixonados pela tradição dos grandes na Argentina estão longe da Libertadores 2010. Alguns se recuperam de namoros tenebrosos com a má fase ou o descenso, enquanto outros perigosamente se envolvem com a crise cada vez mais. Fato é que Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo não foram fortes ou regulares o bastante para cruzar a fronteira rumo a gloriosa competição intercontinental.
Um fardo doloroso para as grandes hinchadas, mas precisa ser necessariamente trágico para o futebol argentino? Pois o Futebol Portenho começa hoje o especial sobre os seis defensores da força alviceleste na Copa, tentando provar que a ausência dos grandes de Buenos Aires na verdade deve significar ainda mais perigo aos países adversários. Começamos pelo Colón de Santa Fé.
Nunca um jogo de pré-Libertadores atraíu a atenção de tantos rubronegros. Os campeões brasileiros simplesmente querem saber quem será o adversário no grupo 8. Os santafesinos esperam que este seja o Colon, ausente dos olhos da América desde a eliminação para o River de Ramón Diaz.
Ainda que não sofram de grande pressão, é a chance para Mohamed e seus comandados conseguirem, enfim, um resultado concreto. Em 2009, ameaçaram disputar o título no Clausura, mas a fatídica derrota de virada por 4 x 2 diante do Vélez os tirou do páreo.
Ironicamente, o mesmo time de Liniers os derrotou na estréia do Apertura, e com isso os Sabaleros não puderam acompanhar Newell’s e Banfield. Todavia, a regularidade e a incompetência alheia os premiou com a vaga nos play-offs da Libertadores.
Indubitávelmente, Antonio Mohamed junto da base mantida durante o ano foram os responsáveis pela façanha. Um elenco que segue a tendência moderna de bons times sem grandes estrelas. Contudo, ter a disposição a dupla de ataque mais eficaz do Apertura foi decisivo para os Sabaleros chegarem impondo respeito a Universidad Católica.
Federico Nieto já tinha maravilhado a Argentina jogando pelo Huracán “tiki-tiki”. Tratou de continuar mostrando poder de decisão marcando 12 gols no Apertura, sendo vice-artilheiro atrás de Santiago Silva. Seu companheiro, o ídolo Esteban Fuertes, marcou “apenas” 6 tentos, mas também já teve essa honra com os mesmos 12 gols, só que no Clausura.
A defesa que costuma dar respaldo a essa dupla letal terá uma prova interessante pela frente. Perdeu Alexis Ferrero para o River, e por isso pretende jogar com três zagueiros: Ariel Garcé, Salustiano Candia e Marcelo Goux. A dificuldade maior aqui está no jogo aéreo.
A nova postura deve dar mais liberdade ofensiva a German Rivarola, enquanto Moreno y Fabianesi e Capurro (Pellerano) protegerão as laterais ao estilo que fazia Prediger, enquanto Bertóglio se encarrega da ligação com o ataque.
Se flamenguistas, chilenos e venezuelanos devem temer o Colón ainda não da pra afirmar, pois ainda precisam confirmar a classificação. Mas por via das dúvidas, melhor esquecer o fato dos Sabaleros não serem ‘grandes’, ou podem ver o sonho do título morrer no Cementerio de Elefantes.
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muito boa a matéria.
agora o colon ten a chance de provar para tudo mundo
que pode ser um gigante sulamericano