Opção por Salvio na lateral-direita necessidade, não loucura de Sampaoli
Caballero; Salvio, Otamendi, Rojo e Tagliafico. Masch e Biglia. Meza, Messi e Di María. Kun Aguero. Caso não ocorra algo fora do comum, essa será a escalação da Argentina para a estreia da Copa do Mundo, sábado, às 10h. E há argumentos para cada uma dessas escalações.
A começar pelo gol. Cabellero ganhou a briga com Armani pelo fato de saber jogar com os pés. A princípio, esse é o melhor termo de defesa utilizado por Sampaoli nos últimos dias. Armani é preferência nacional, mas como a unanimidade é burra, a vontade do treinador prevalece.
Mas a opção por Salvio na lateral-direita é a que foi a mais questionada desde a partida contra o Haiti, o único amistoso antes da Copa do Mundo. A questão é que não há um outro lateral a não ser Mercado, que ainda não está 100%. Naquele posto, José Gomez, Bustos (ambos de origem), Lautaro Acosta, Acuña e Pavón (estes no improviso) foram testados. Nenhum correspondeu como Salvio.
Salvio e Sampaoli conversaram bastante sobre o tema. O jogo em Quito, na vitória por 3×1 da Argentina sobre o Equador, o meia-direita correspondeu, fazendo uma partida quase perfeita pelas beiradas. Não é lateral, mas se comprometeu a jogar ali.
Originalmente, Salvio joga mais avançado no Benfica. Dizem lá que lembra muito a leitura que o Enzo Pérez tinha quando chegou àquele clube. Jogador que aparece pouco com a bola no pé, mas está em todas as partes do campo, dobrando marcação.
Inicialmente, o time formará no 4-2-3-1. O único questionamento é quanto a opção por Sampaoli por uma dupla de volantes pesada contra a Islândia. Por outro lado, é boa a intenção de abandonar a ideia de Di Maria como ala, algo que seria um suicídio.
Por méritos, nada melhor do que Meza. O jogador do Independiente merece muito essa chance, já que foi dos poucos que responderam bem imediatamente – até porque Holán e Sampaoli tem ideias próximas. Meza chegou e entendeu tudo bem rápido.
No ataque, nenhuma surpresa. Aguero ganhou a queda de braços contra Higuaín. Tal briga foi acirrada por apenas uma questão: o fato de Kun estar retornando de lesão. Se não posse por isso, a titularidade teria sido confirmada há muito tempo.
Agora resta esperar para ver.