Opção por Matías Almeyda não agrada torcedores do River
A escolha de Matías Almeyda para ser o novo treinador da equipe de Núñez parece não ter agradado os torcedores. Em pesquisas realizadas no site do jornal Olé e no canal C5N, a opinião dos torcedores atinge números pouco alentadores: enquanto no Olé Almeyda aparece com 65% de votos contra sua escolha, no C5N o índice de rejeição é ainda maior, com 78,57%.
Para os torcedores a preferência é para um treinador que tivesse conhecimento do oficio e que tivesse alguma intimidade com o difícil torneio que vem pela frente, ao contrário do ex-jogador que nunca teve experiência no comando de uma equipe. Ramón Díaz era a escolha de muitos dos torcedores que cansaram de sofrer durante boa parte do campeonato. O próprio treinador havia se oferecido para dirigir a equipe, porém Daniel Passarella optou pelo ex-jogador e não parece ter agradado mais uma vez.
O fato é que Almeyda vai encontrar uma equipe desmantelada. A quantidade de jogadores que deixará o clube é grande, e não apenas isso, são jogadores importantes e que não existe um sinal de que as faltas possam ser supridas. Além das partidas já certas de Carrizo e Diego Buonanotte, a equipe de Núñez ainda poderá ficar sem Carlos Arano, Leandro Caruso, Jonathan Maidana, Alexis Ferrero, Joepmir Ballón, Paulo Ferrari, Juan Manuel Díaz e Walter Acevedo. Isso sem falar do próprio Almeyda, que se aposentou.
Mais problemas
A equipe agora mais que nunca necessita de dinheiro para se reforçar com jogadores de menor custo e que tenham experiência com competições mais complicadas, como é o caso da B Nacional. As saídas de Erik Lamela e Roberto Pereyra, que parecem ser as primeiras vendas anunciadas, são alternativas que a diretoria vê neste instante.
Além disso existe a possibilidade de que o River poderá ser penalizado pelos incidentes da última partida, contando com uma grave ameaça de ‘Barras’ ligados ao clube contra o árbitro Sergio Pezzotta. A equipe começaria com menos seis pontos na tabela e poderia ficar sem utilizar o Monumental por no mínimo quatro jogos. Essas punições deverão ser anunciadas nas próximas horas.
Os jogos da série B serão feitos em estádios que não têm as mesmas condições das praças da primeira divisão. Obviamente, a isso soma-se as condições de gramados, distâncias a serem percorridas, e a questão principal: a torcida. Aí vale explicar que por lei as equipes visitantes não podem ter sua torcida no estádio adversário. No entanto, está em estudo um novo panorama para este caso, o que permitiria a entrada de visitantes em partidas da série B.
Caso não aconteça esta brecha na lei, isso faria com que os espaços para que os meios de comunicação que acompanham a equipe no estádios sem infraestrutura aumente. Nem todos os estádios têm capacidade para receber os meios de comunicação e faltam cabines que abriguem as emissoras de rádio e TV.
Algumas possíveis soluções
Em meio a toda a tempestade na qual se encontra a equipe de Núñez, acenam com boa intenção alguns nomes conhecidos dos torcedores que se dispuseram a atuar pela equipe na série B para trazer de volta o clube à elite.
Além dos técnicos Ramón Díaz e Omar Labruna, os jogadores Ariel Ortega, Cristian Fabbiani, Fernando Cavenaghi, Ariel Garcé, Germán Lux, Alejandro Damián Domínguez, Matías Abelairasm e Mariano Pavone já se prontificaram a jogar pelo “Millo” na B reduzindo drasticamente seus valores de ganho.
A outra boa notícia é a confirmação do vínculo entre a instituição de Núñez e a marca esportiva alemã Adidas. Em um comunicado a empresa deixou claro ao afirmar em nota: “(…) assim como a Adidas esteve presente nos bons momentos da instituição, agora acompanhará o River em seu caminho de regresso a Primera A (…) um dos clubes mais vencedores e prestigiados do mundo. A Adidas é um orgulhoso e incondicional patrocinador do Club Atlético River Plate”. A marca tem contrato com o River Plate até 2014. Nem tudo está perdido.
Acho que o River precisava de um treinador com mais experiência nesse momento. Agora o trabalho tem que ser muito mais psicológico do que tático…
Concordo plenamente!
Não vejo Passarela como culpado por essa situação! Me lembrou muito o rebaixamento do Vasco, no qual o maior culpado foi o presidente anterior, que deixou o gigante da colina dilapidado.
Mas agora, para a serie B, ele já está começando mal. É loucura colocar um profissional para enfrentar o seu primeiro trabalho como treinador justamente num momento como esse.