Aos dois minutos, Bareiro aproveitou falha coletiva da defensiva visitante e de repente ficou cara a cara com Campestrini. Podia avançar. Podia arriscar em um dos desguarnecidos cantos do arqueiro. Podia buscar o ângulo. Resolveu chutar a pelota justamente onde estavam os braços de Campestrini, que fez a defesa com tranquilidade. Jogada como essa seria rara no primeiro tempo do cotejo. Porém o domínio do Aurinegro foi intenso. O tempo todo no campo de ataque, mostrando quem mandava em Bahía Blanca. Por que não fez o gol então? Porque Bareiro jogava isolado na frente e sem a devida aproximação de seus companheiros.
Aos 17 novamente uma grande chance. Novamente a redonda partiu do meio-de-campo diretamente para o atacante aurinegro. Desta vez foi Furch, que de cabeça colocou a pelota por sobre o arco de Campestrini. As duas grandes jogadas ocorreram da mesma forma e revelavam duas coisas. A primeira é que o setor de meio-de-campo do Viaducto não funcionava na contenção. Sequer ganhava a bola na maioria das disputas. A segunda é que embora mantivesse a maior posse de bola, e em geral no campo de ataque, o domínio aurinegro ressentia de algo essencial no futebol: a criatividade.
Aos 27 Furch assistiu a Bareiro que de fora da área chutou rasteiro e fraco, facilitando a defesa de Campestrini. E o Arsenal? Só marcava. Colocava sete ou oito homens atrás da linha da bola e, na maioria das vezes, próximos à área de Campestrini. Como Óbolo e Zelaya não recuavam ao meio-de-campo para recompor sobrava um grande espaço entre a grande área do arqueiro visitante e a linha do meio-de-campo. E era justamente neste setor que o Olimpo construía o seu domínio sobre o adversário. Ou seja, o que parecia ser um mérito do conjunto local era na verdade um engodo. E o que demonstrava isso era o fato de que assim que precisava penetrar à área de Campestrini o Aurinegro falhava.
Mas o Arsenal não chegava? Sim. Só que apenas por uma jogada, a de bola parada. Teve três ao longo da primeira etapa. Na terceira fez o gol. E que gol. Após cobrança de escanteio, o ótimo Lisandro López acertou a pelota de bicicleta para guardá-la no arco de Tombolini. Um golaço e 1×0 para o Viaducto. Justo? Pouco importa; importa mais é bola na rede e, para isso, às vezes convém ter um pouco de competência. Fim do primeiro tempo.
Já no início do segundo o Viaducto surpreendeu e fez o segundo gol, com Zelaya. Era apenas o segundo minuto e tanto os torcedores quanto o elenco aurinegros se quedaram vitimados pelo espanto. O que fazer? Convidar Rolle para jogar; tirar da equipe o lento, pesado e pouco produtivo Furch – além de em seu lugar colocar outro atacante que se aproximasse de Franzoia, que havia entrado no lugar de Bareiro. E apostar que as substituições dariam ao time a qualidade que não havia tido até então. Parte disso foi feito. E a equipe ganhou qualidade.
Diferentemente da primeira etapa, o Aurinegro imprimiu não somente uma forte pressão ao visitante, mas uma pressão de qualidade. Com criatividade. Chegou algumas vezes como aviso prévio de que logo chegaria ao gol. E o gol chegou aos 29 minutos. Depois de ótima jogada de Franzoia pela direita a bola foi cruzada para Martín Rolle que de primeira a colocou no arco de Camestrini. O mesmo Franzoia realizou ótima jogada dois minutos depois e cruzou para área. Na disputa entre Furch e Campestrini a bola sobrou para Rolle fazer seu segundo gol na partida e o empate do Olimpo: 2×2.
Após os dois gols que igualaram o marcador, ambas as equipes tiveram chances de chegar ao terceiro. O Olimpo se fazia valer da boa participação de Franzoia e Rolle, enquanto o Arsenal das bolas paradas e dos espaços então deixados pelo meio-de-campo local, que se preocupava mais com os três pontos do que com o empate. Com Franzoia o Aurinegro quase chegou lá, após jogada de Rolle. Com Ortíz o Viaducto quase chegou à vitória aos 44 minutos, quando Tombolini com as pontas dos dedos salvou o conjunto local. E o resultado ficou mesmo no 2×2 e fez justiça ao que foi o cotejo ao longo dos noventa minutos. Na próxima rodada o Olimpo vai à Floresta se deparar com o All Boys, enquanto o Arsenal será local frente ao Unión, em Sarandí.
Formações:
Olimpo: Laureano Tombolini; Eduardo Casais, Emir Faccioli, Oswaldo Vizcarrondo,Juan Pablo Scheffer; Arturo Aquino o Leonel Ríos (Romero), David Veja (Adrián Lucero), Ariel Rosada; Martín Rolle; Julio Furch e Néstor Bareiro (Franzoia). Técnico: Omar De Felippe.
Arsenal: Cristian Campestrini; Danilo Gerlo, Lisandro López, Guillermo Burdisso, Cristian Trombetta; Diego Torres, Iván Marcone, Jorge Ortíz, Nicolás Aguirre (Esmerado); Mauro Óbolo e Emilio Zelaya (Luciano Leguizamón). Técnico: Gustavo Alfaro
Árbitro: Héctor Baldassi
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