Até ontem, a Copa da Itália de 1976 e a Serie B de 1949-50 haviam sido os únicos troféus que o Napoli erguera sem argentinos, que já faziam o clube ser o principal do empobrecido sul italiano bem antes do Messias aparecer na beira do Vesúvio. A presença hermana no Stadio San Paolo data desde os primórdios da Serie A, nos anos 30, permitindo homenagem oficial ao feriado da independência argentina (em 25 de Maio), em montagem de um hipotético time alviceleste dos sonhos dos celesti – na imagem acima. Ainda que nela se note que a fidelidade aos partenopei pesasse mais que o desempenho objetivo em certos casos…
Sem enrolação, vamos aos nomes:
Carlos Volante: simplesmente o homem que rendeu o uso do termo “volante” para o meia central recuado, a partir de sua passagem vitoriosa e longeva pelo Flamengo na virada dos anos 30 para os 40. Veio ao Brasil a partir do intercâmbio trocado com a seleção brasileira na Copa de 1938. Atuava no futebol parisiense e se dispôs a ser o improvisado massagista da única seleção sul-americana presente no torneio, sediado ali na França. Revelado no Lanús, despontou no Platense, chegando à seleção e tendo no Napoli seu primeiro clube europeu, na temporada 1931-32. Não vingou, seguindo carreira na de 1932-33 com o Livorno campeão da Serie B. Falamos aqui que Volante fez história ainda no futebol baiano, sobretudo como técnico do primeiro campeão nacional, o Bahia de 1959.
Guillermo Stábile: o currículo de artilheiro da primeira Copa do Mundo foi seu chamariz para ser importado do Huracán para o clube mais vencedor da Bota até então, o Genoa. Deu azar: fraturou-se logo que chegou e ao recuperar-se razoavelmente viveu o rebaixamento rossoblù ao fim da temporada 1933-34. Nela, o Napoli ficou em 3º e decidiu apostar no astro para a temporada seguinte. O outrora Filtrador, porém, não correspondeu e foi devolvido ao Genoa tão logo este reapareceu de imediato na elite, para a temporada 1935-36. Contamos aqui a trajetória ainda assim vitoriosa de Stábile, técnico mais longevo e vencedor da seleção argentina.
Antonio Ferrara e Nicolás Ferrara: eram irmãos vindos do Livorno, após serem importados do Platense. Ficaram entre 1935 e 1937, temporadas sem brilho – outrora forte no início da década, o time até brigou para não cair em 1936-37.
Evaristo Barrera: é o profissional que mais gols marcou pelo Racing tanto em números absolutos como nos relativos, com uma média formidável de 136 gols em 142 jogos, sendo talvez o maior atacante que a Argentina jamais usou em sua seleção. Os números bastaram para que a Lazio o importasse de Avellaneda em 1939, mas a partir do ano seguinte Barrera já vestia a outra grande camisa celeste do calcio. Os números seguiram bons para o contexto local, embora ele não se livrasse do rebaixamento na temporada 1941-42. Já considerado um veterano com 31 anos, seguiu a partir dali carreira nas divisões de acesso, embora não permanecesse no San Paolo. Falamos dele aqui.
Ángel Cerilla: meia de apenas 9 jogos na temporada 1947-48.
Bruno Pesaola: o primeiro argentino a se eternizar em Nápoles. Descartado da base do River, o atacante formou-se na segundona argentina pelo Dock Sud e conseguiu atrair a Roma em 1947. O Napoli foi seu terceiro time italiano, e onde mais tempo ficou, entre 1952 e 1960. Em cerca de metade dessas temporadas, Pesaola e o clube puderam ficar entre os 5 primeiros da Serie A, embora chegassem a brigar contra a queda em outras – e foi só ele deixar San Paolo que o clube terminou caindo mesmo, em 1961. No período, defendeu até a própria Azzurra, nas malfadadas eliminatórias da Copa de 1958. Depois seria o técnico recordista de partidas e passagens pelo clube: 1961-63, 1965-68, 1976-77 e 1982-83. Foi, sobretudo, o comandante dos primeiros títulos, erguendo a Copa da Itália de 1962 (enquanto subia da Serie B) e os prestigiados troféus amistosos da Copa dos Alpes em 1966 e da Copa Anglo-Italiana em 1976.
Juan Carlos Tacchi: ponta já com rodagem na Itália por Torino e Alessandria após ser importado do Ferro Carril Oeste ainda em 1955, ele chegou ao Napoli em 1960. Começou pelo inferno com o rebaixamento, mas trilharia seis anos de bom saldo. Sob Pesaola, vivenciou o reacesso imediato cumulado com aquele título da Copa da Itália de 1961-62. O time logo voltou a cair, ocasionando uma primeira saída do próprio técnico Pesaola – mas não de Tacchi, que obteve novo reacesso após duas temporadas, deixando o clube ao fim da temporada de retorno em 1965-66 (na qual, novamente sob o regressado Pesaola, os celesti terminaram em 3º). Foi colega ainda dos dois nomes seguintes da lista.
Humberto Rosa: ponta vindo da Juventus após ser importado pelo calcio junto ao Rosario Central ainda em 1954, chegara a defender a seleção B da Itália. Mas no Vesúvio, ficou só entre 1962 e 1964; calhou de ser rebaixado na primeira temporada e de estacionar no meio da tabela na experiência inicial na Serie B.
Omar Sívori: falamos aqui de quem é considerado o “primeiro Maradona” não só pelo que fez no Napoli mas pela habilidade já exibida antes por River e Juventus. Considerado já veterano, foi cedido pela Juve como reforço estrelado à temporada de retorno dos partenopei à Serie A. O bronze, a apenas 1 ponto do vice (posição ainda inédita ao clube) e a 5 do título, veio muito no embalo do astro. O clube ainda foi 4º em 1967 e enfim vice em 1968, ainda que a 9 pontos do Milan. Foi a última temporada com El Cabezón, que, sem acertar com o Boca, pendurou as chuteiras (e também do segundo ciclo de Pesaola, que foi à Fiorentina ser o campeão de 1969). O Napoli, nunca tão consistente seguidamente nas cabeças, logo caiu para o meio da tabela. Se o scudetto ainda não veio, Sívori ergueu a Copa dos Alpes em 1966, ano em que a eliminação da Azzurra para a Coreia do Norte no Mundial fez o calcio se fechar a novos estrangeiros até 1980.
Ramón Díaz: o primeiro novo argentino do Napoli após a reabertura dos portos teve seu negócio junto ao River efetuado ainda antes da Copa de 1982, que marcou sua involuntária despedida da seleção argentina – ainda assim, El Pelado pode ser considerado o primeiro jogador do clube a ser aproveitado pela Albiceleste. O desempenho ruim do atacante no Mundial foi seguido por uma temporada de demorada adaptação e de briga contra o rebaixamento. O clube não teve paciência e cedeu-o inclusive ao rival regional Avellino, onde esse verdadeiro craque começou a se sobressair na Europa. Falamos aqui.
Daniel Bertoni: autor do último gol da Copa de 1978, o ponta cheio de Libertadores pelo Independiente deixou aquele Mundial acertado com o Sevilla. Chegou em 1980 à Itália, inicialmente a uma Fiorentina quase campeã na temporada 1981-82 – mantendo-se na seleção como um jogador do futebol europeu, algo na época dos mais raros. Em 1984, apareceu no Napoli, embora sua chegada terminasse ofuscada pelo outro reforço. Calhou de deixar Nápoles justo antes da temporada onde o inédito scudetto enfim viria, mas soube ajudar Maradona não apenas no extracampo como um rosto já amigo: a dupla conseguiu o 3º lugar na temporada 1985-86. Não bastou para o veterano acompanhar Diego no Mundial do México, mas foi suficiente para ser o escolhido pela Udinese para suprir a lacuna deixada por Zico. Falamos aqui de Bertoni, que não deixou de lamentar o azar histórico de sua saída nessa entrevista, criticando o treinador Ottavio Bianchi sobre aquele 3º lugar: “com um pouquinho mais de audácia seríamos campeões”.
Diego Maradona: a história conhecida de todos. O Messias reencarnado para o San Paolo. Saiu pelos fundos do Barcelona, mas como o recorde mundial de transferências para plantar a dúvida em muitos napolitanos sobre para quem torcer na semifinal entre Argentina e Itália em 1990, travada em Nápoles. Pudera: Dieguito liderou “o” ciclo de troféus de um time historicamente pequeno (Torino, Genoa, Bologna e até Pro Vercelli, tão decaídos, ainda têm mais scudetti), mesmo que tradicional, fazendo o discriminado sul italiano sentir-se poderoso contra o rico norte do país. E tudo começou mesmo após Maradona ser Deus no Mundial de 1986: foi na temporada pós-Copa que o primeiro título italiano veio, e acompanhado da dobradinha com a segunda Copa da Itália do clube. Artilheiro da Serie A em 1988, venceu a Copa da UEFA em 1989 e ergueu em 1990 o outro scudetto napolitano. Mas o trauma imposto à Azzurra semanas depois cobraria seu preço, na linha do documentário de Asif Kapadia. O 5-1 sobre a Juventus pela Supercopa da Itália que abriu a temporada 1990-91 foi o canto do cisne de El Diez, que deixaria a Bota antes do fim daquela temporada, diante da descoberta de sua condição de usuário de drogas em antidoping e consequente suspensão.
Roberto Ayala: zagueiro chamado à seleção ainda nos últimos tempos fortes do Ferro Carril Oeste, foi vendido pelo River em 1995 após destacar-se no único título argentino invicto do Millo, no Apertura 1994. El Ratón foi o primeiro argentino pós-Maradona e tal condição nunca lhe prejudicou, ao contrário: segundo ele, o ainda fresco legado de Dieguito contribuía para que o zagueiraço nunca precisasse pagar contas em restaurantes, mesmo que o Napoli já vivesse novos tempos: embora finalista da Copa da Itália em 1997, perdeu-a para o modesto Vincenza e sempre brigou para não cair até o descenso vir ao fim da temporada 1997-98 – o que não impediu que o defensor fosse contemplado com vaga de titular na Copa do Mundo semanas depois e negociado com o Milan.
José Luis Calderón: tão filho pródigo do Estudiantes quanto Verón, vinha de artilharias pelo time de La Plata e pelo Independiente líder do Clausura 1997 até a reta final. Porém, experimentou poucas partidas pelo Napoli rebaixado em 1997-98. Caldera, testado ocasionalmente na seleção, acabou perdendo as chances de acompanhar Ayala no Mundial da França e logo voltou ao Independiente, mas deu valor à experiência ruim: “me fortaleceu como pessoa. O problema foi que me comprou o presidente de férias e o técnico nunca gostou de mim”, confessando nessa entrevista também que a falta de ritmo de jogo e sua despreocupação alimentar o engordaram. Se aquela foi a única temporada europeia, o atacante consagrou-se com títulos pelo amado Estudiantes (Apertura 2006, encerrando jejum de 23 anos com direito a hat trick em 7-0 no clássico com o Gimnasia, e Libertadores 2009), no nanico Arsenal (Sul-Americana 2007) e na última taça do Argentinos Jrs (Clausura 2010).
Gabriel Bordi, atacante de um único jogo no acesso obtido na segundona de 1999-2000, vinha do All Boys e foi repassado ao Quilmes.
Facundo Quiroga e Mauricio Pineda: revelado pelo Newell’s, o defensor Quiroga havia vencido pelo Sporting Lisboa a liga portuguesa de 1999-2000, encerrando jejum de 18 anos; chegou com esse cartaz sob empréstimo à temporada de retorno do Napoli na Serie A. Outro reforço para aquela temporada 2000-01 era Mauricio Pineda, defensor vindo da Udinese e com figuração na Copa de 1998 no currículo. Só duraram aquela temporada: o time logo caiu novamente e a dupla foi devolvida aos clubes de origem. Quiroga, ao menos, voltou a vencer o Portuguesão pelo Sporting em 2002 – o último título alviverde antes de um jejum que completou novos 18 anos nesse 2020. Não bastou para ir à Copa de 2002.
Claudio Husaín: revelado no supervencedor Vélez da metade final dos anos 90, foi adquirido inicialmente pelo Parma para a temporada 2000-01. Mas nem estreou oficialmente, sendo emprestado ao River no segundo semestre de 2000 e revendido ao Napoli para o primeiro semestre de 2001, vivenciando o rebaixamento. El Turco seguiu no San Paolo até a metade inicial da temporada 2002-03, embora a passagem fosse permeada com outro empréstimo ao River, no primeiro semestre de 2002. Deu certo: campeão do Clausura, ele e o colega Ariel Ortega foram os únicos que Marcelo Bielsa chamou do futebol argentino para a Copa de 2002. E o clube de Núñez terminou comprando-lhe em definitivo no início de 2003.
Roberto Sosa: veio quando o Napoli perdera novas esperanças de origens argentinas. Com o rebaixamento à terceira divisão ao fim da temporada 2003-04, o time desfez-se até do juvenil Diego Sinagra, o Maradona Jr só tristemente aceito recentemente pelo pai biológico. Sosa, com duas boas passagens pelo forte período vivido pelo Gimnasia entre 1994-2005, chegou nesse contexto periclitante como reforço à terceirona. O ascensão tardaria, com direito a derrota para o rival Avellino em final pela vaga em 2004-05, mas viria a galope: os celesti reapareceram na Serie B na temporada 2006-07 e de imediato garantiram nela a volta à elite mesmo com a incomum concorrência com a Juventus naquela categoria. Com missão cumprida, Sosa permaneceu mais uma temporada para enfim experimentar o filé mignon da Serie A antes de, já sem espaço, voltar para um novo ciclo no Gimnasia.
Nicolás Navarro: goleiro do Argentinos Jrs, reforçou o Napoli para temporada de retorno à Serie A, mas não conseguiu ser sequer a segunda opção para o posto, voltando à Argentina após duas temporadas.
Ezequiel Lavezzi: outro reforço para o regresso napolitano à Serie A, logo após reger no Clausura 2007 o único San Lorenzo campeão de alguma coisa entre 2002 e 2013. Após duas temporadas de meio de tabela, El Pocho saboreou na de 2009-10 o retorno partenopeu às competições europeias com um 6º lugar. Não bastou para competir com o carisma e a gratidão da seleção ao veterano Martín Palermo e à fase iluminada de Diego Milito por um lugar entre os atacantes reservas pinçados por Maradona para a Copa de 2010, mas a ascensão seguiu: na de 2010-11, o time voltou ao pódio e à Liga dos Campeões pela primeira vez desde os tempos maradonianos. E seu trio ofensivo com Edinson Cavani e Marek Hamšík venceu pela terceira vez a Copa da Itália, credenciando o argentino ao nascente projeto multimilionário do Paris Saint-Germain.
Jesús Dátolo: prodígio do Banfield quadrifinalista da Libertadores de 2005 e campeão do torneio com o Boca em 2007, chegou com esse cartaz ao Napoli para a temporada 2008-09. Embora tenha defendido a seleção vindo dos celesti, não vingou no clube. Após aquela única temporada, foi emprestado ao Olympiakos e depois ao Espanyol antes de reconstruir-se no Brasil.
Germán Denis: outro reforço para a temporada 2008-09, na condição de maior artilheiro do Independiente no século XXI. Como Dátolo, defendeu a seleção como napolitano, mas os números esfriaram. Denis deixou o San Paolo após duas temporadas, rumo à Udinese, e foi preciso descer ao degrau da Atalanta para que se consagrasse no calcio.
Hugo Campagnaro: o zagueiro já tinha sete anos de Itália após o Piacenza descobri-lo nas divisões argentinas de acesso, no Deportivo Morón. Campagnaro veio já da Sampdoria em 2009 e foi colega ativo da melhor fase de Lavezzi no clube. Quando o Napoli voltou a ser campeão, com a Copa em 2012, Campagnaro pôde enfim estrear pela seleção. Permaneceu até o fim da temporada 2012-13. O scudetto passou longe, mas o Napoli pôde ser vice-campeão da elite pela primeira vez desde 1989, e o zagueiro terminou saltando para a Internazionale.
José Sosa: o meia pertencia ao Bayern Munique, mas o Napoli investiu nele a partir da campanha quase campeã do Estudiantes no Clausura 2010 (os platenses perderam a liderança na penúltima rodada), onde jogara sob empréstimo dos bávaros. Apesar do primeiro pódio do clube em décadas naquela temporada 2010-11, Sosa não agradou e foi enviado aos confins ucranianos, ainda que depois viesse a vestir as camisas de Atlético de Madrid e Milan.
Mario Santana, Cristian Chávez e Ignacio Fideleff: vieram em 2011 e só o zagueiro Fideleff, vindo do Newell’s, ficou até o ano seguinte – embora só somasse quatro jogos antes de ser banco também no Parma e tomar caminho errante pelo futebol europeu alternativo. Os outros dois, atacantes, tampouco triunfaram; Santana vinha da Fiorentina e, sem um único gol em 14 jogos na Serie A, foi logo emprestado ao Cesena. Chávez, que vinha do Atlético Tucumán, só foi usado duas vezes e logo foi repassado ao San Lorenzo, seu clube formador.
Federico Fernández: outra cara incorporada em 2011, vindo do último Estudiantes campeão argentino. Ao contrário dos outros reforços, vingou mesmo que emprestado ao Getafe na temporada 2012-13. Após ser reserva no título da Copa da Itália em 2012, foi titular na conquista do torneio em 2014, em que o Napoli também foi bronze na Serie A. Fede terminou indo à Copa do Mundo e vendido à Premier League.
Gonzalo Higuaín: talvez a história mais conhecida dessa lista desconsiderando-se a de Maradona. Contratado do River pelo Real Madrid ao fim de 2006 antes do retorno do megalômano Florentino Pérez à presidência madridista, nunca foi encarado pelo cartola como um galáctico embora contribuísse com mais gols que Karim Benzema ou Emmanuel Adebayor – e até sobre Cristiano Ronaldo na primeira temporada do português, em 2009-10. El Pipita veio então ao Napoli em 2013 para acompanhar Fernández na bela temporada de bronze na liga e conquista na copa em 2013-14, garantindo-se no mundial do Brasil. Ganhou também a Supercopa da Itália que abriu a temporada seguinte; e ao fim da de 2015-16 o time foi vice-campeão no embalo de uma artilharia surpreendente e recordista que Higuaín conseguiu na Serie A, capaz de fazer a seleção ainda insistir nele para a Copa América Centenário após o atacante já estar mal marcado pelas duas finais anteriores da Albiceleste. O problema foi ter aceitado partir em seguida à rival Juventus e ainda virar um frequente aplicador da “lei do ex” contra os partenopei, sendo o desfalque mais notável na imagem que abre a matéria.
Mariano Andújar: goleiro reserva da Argentina nas Copas de 2010 e 2014 como jogador do Catania, o campeão da Libertadores de 2009 com o Estudiantes chegou ao San Paolo após o mundial do Brasil. Reserva do brasileiro Rafael no título da Supercopa da Itália que abriu a temporada 2014-15, chegou a ser devolvido sob empréstimo ao Catania já em 2014 e ao Estudiantes em 2016. Ao todo, passou duas temporadas no banco napolitano até ser vendido em definitivo ao Estudiantes em 2017, figurando na imagem que abre a matéria mais pela falta de maior concorrência com outros conterrâneos para a posição – embora seguisse regularmente requisitado para as convocações da Argentina.
Jogadores argentinos do Napoli usados pela seleção: Pesaola foi usado pela italiana, em 1957. Depois, em ordem cronológica, Díaz, Maradona, Ayala, Husaín, Lavezzi, Dátolo, Denis, José Sosa, Campagnaro, Fernández, Higuaín e Andújar defenderam como celesti ao menos uma vez a Argentina. O título da matéria faz referência ao refrão da música ‘O Surdato ‘Nnammurato, histórica canção em dialeto napolitano comumente entoada pela torcida no San Paolo, rendendo desde essa caneca da loja dos amigos da Calciopédia e um cover do micareteiro Netinho até uma versão do tenor Andrea Bocelli em pleno Coliseu – sendo possível encontrar no youtube também uma arrebatadora gravação de Massimo Ranieri com legendas em português.
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