Após noventa minutos de agonia em um Cilindro abarrotado, o Racing foi eliminado da Libertadores ao não sair do zero a zero contra os paraguaios do Guaraní. A Academia assim foi o único dos derrotados no jogo de ida a não reverter a situação na volta, e impediu uma semifinal argentina contra o River Plate.
Desde o primeiro minuto ficou muito claro o desenho da partida. Guarani recuado, marcando forte, reduzindo espaços e deixando apenas Santander na frente. Racing trocando passes, movimentando suas peças, tentando encontrar brechas na cerrada marcação rival. A partida foi um jogo de xadrez nos primeiros 45 minutos. Na maior parte do tempo a defesa paraguaia levou vantagem, mas a Academia conseguiu criar algumas oportunidades. A partida era agradável.
Até que no minuto final da primeira etapa aconteceu um lance chave. A defesa racinguista bobeou, Palau roubou a bola, entrou livre e passou por Saja, que o derrubou. O árbitro corretamente assinalou o pênalti e expulsou o ex goleiro do Grêmio. Parecia o fim do sonho. Mas Ibanez defendeu de forma espetacular a cobrança de Benitez e manteve a Academia viva na disputa.
Com um a menos, o Racing voltou com tudo na segunda etapa. Os primeiros minutos foram de intensa pressão. Várias oportunidades, e na melhor delas Milito entrou livre na pequena área e, desequilibrado, chutou em cima de Aguilar. A blitz do time da casa era muito forte, e parecia difícil que os visitantes suportassem 45 minutos nesse ritmo.
Mas a coisa mudaria. Lentamente o Racing começou a sentir o cansaço, o peso de jogar com um a menos e o Guaraní passou a controlar melhor o jogo à medida que o segundo tempo avançava. Bou e Milito estavam nitidamente exaustos, o que reduzia muito as chances de sua equipe. Nos ultimos 20 minutos as melhores chances foram paraguaias, e nos descontos Santander perdeu gol feito que daria a quarta vitória seguida à sua equipe. Assim, quando a partida acabou foi apenas a confirmação da classificação de uma equipe aguerrida e excelente na marcação.
RACING: Saja, Pillud, Cabral, Grimi e Voboril; Acuña (Ibanez), Videla, Aued (Romero) e Camacho (Fernandez); Bou e Milito.
GUARANI: Alfredo Aguilar, Patiño, Cáceres, Maldonado e De La Cruz (Filippini); Mendoza, Palaus, Bartomeus e Contrera (Ocampo); Benitez (Juan Aguilar) e Santander.
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