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O grande teste de Messi está por vir



Está chegando a hora, faltando cerca de 90 dias para o início da segunda Copa do Mundo realizada no Brasil e o mundo volta seus olhos para os grandes protagonistas. Há alguns grandes jogadores em diversas seleções, mas apenas dois ou três possuem a real possibilidade de ajudar suas seleções a conquistar o troféu tão sonhado.

Jogadores como Neymar, possuem muito talento, mas ainda não tem a experiência necessária para carregar um time nas costas. Outros, como Cristiano Ronaldo – que atravessa um momento espetacular, desde a temporada passada – não possuem companheiros no time que acompanhem suas habilidades, tem poucas chances de sonhar com o título.

Messi possui futebol, experiência e uma equipe qualificada a acompanhá-lo na luta pela terceira estrela da camisa argentina. Resta esperar que tenha também o equilíbrio emocional e que o físico não dê sustos à sua torcida. Com o problema gástrico que o vem acompanhando há muito e que dá mostras de que não foi sanado, em suas últimas apresentações, será que ele aguenta?

Ídolo no mundo inteiro, principalmente por suas performances espetaculares com a camisa do Barcelona, “A pulga” já teve atuações marcantes com a camisa portenha. Nada que se aproxime do time catalão, no entanto. O técnico Alejandro Sabella já conseguiu dar uma unidade a equipe, mas Messi é a surpresa que transforma qualquer seleção comum em um time digno de respeito.

Como um jogador de pôquer, ele precisa aguentar a pressão, sem demonstrar suas emoções. O lado mental em um campeonato com apenas sete partidas é fundamental. Messi costuma não reclamar nem mesmo da violência que sofre dos zagueiros mal intencionados. Mas uma Copa do Mundo, a pressão em cada disputa é multiplicada por mil. Como no jogo das cartas, cada jogada pode ser decisiva.

O coringa
No pôquer não há coringas nas mãos, mas Messi é o elemento que pode ter esta função em uma seleção. Todos sabem para que lado ele dribla e mesmo assim, ninguém consegue acompanhá-lo ou detê-lo. Ele é o blefe, a jogada surpresa. Tem que estudá-lo muito para tentar antever seus atos. Estava sendo criticado, nas últimas semanas, com atuações mais “comuns”. No entanto, contra o Osasuna voltou a dar show, calando os críticos.

O repertório do baixinho é quase ilimitado, mas a Copa do Mundo será o seu teste de fogo. É onde vai demonstrar cabalmente – ou não – se poderá superar Pelé no Pantheon dos melhores jogadores do mundo de todos os tempos, sem que haja nenhuma dúvida por parte de ninguém, nem mesmo dos brasileiros.

Ou então sucumbir e evidenciar que não tem o equilíbrio emocional e psicológico suficiente para incorporar o papel de protagonista, como o fez no campeonato mundial passado, quando já era um jogador incrível e viu sua seleção ser eliminada sumariamente da competição, sem ter nenhuma atuação digna de seu talento. Nem mesmo marcou um único gol.
Foi uma decepção tão grande que muitos críticos apressados chegaram a decretar que ele era apenas uma promessa e que nunca conseguiria confirmar todo seu potencial. Caso sua atuação nos estádios do Brasil não seja estonteante como nos campos espanhóis, poucos apostarão em um título para o selecionado de seu país.

A Argentina teve muita sorte no sorteio, vai enfrentar a Bósnia, o Irã e a Nigéria, chave extremamente fácil, na primeira fase. E com pouco deslocamento, o que ajuda muito na recuperação após as partidas, em um país de dimensões continentais como o Brasil. Jogará no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E voltando ao pôquer: você apostaria todas as suas fichas no argentino?

Da Redação

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