28 de novembro de 1973. Esse foi o dia em que o “Rey de Copas” conquistou a última copa que lhe faltava. No estádio Olímpico de Roma o Independiente batia a Juventus de Turim por 1 a 0 e se tornava campeão mundial de clubes pela primeira vez. O mundo era Rojo.
E não foi fácil para o Independiente chegar à sua conquista suprema. Naquele dia o clube fazia sua quarta tentativa de conquistar o mundo. Em 1964 e 1965 fracassou perante uma brilhante Internazionale, que tinha jogadores como os espanhóis Peiró e Suarez e os italianos Faccheti e Mazzola. Em 1972 quem entrou no caminho do Rojo foi um magnífico Ajax que seria a base da Laranja Mecânica na copa de 1974.
Mas em 1973 a coisa seria diferente. O cenário começou a ficar favorável ao Independiente quando o Ajax, alegando problemas financeiros, declinou de enfrentar o campeão sul-americano (já havia feito isso em 1971). Coube ao Rojo enfrentar, portanto, o vice-campeão europeu, o bom time da Juventus de Turim. E seria um jogo único, teoricamente em campo neutro, mas muito favorável aos italianos, já que se situava em seu país.
E a Juve estava longe de ser uma equipe fraca. No setor defensivo estavam dois jogadores que ajudariam muito a derrotar o Brasil em 1982: o goleiro Zoff e o zagueiro Gentile. Havia outros jogadores que disputariam mundiais pela Itália, como Cuccuredu, habilidoso Causio e o brilhante atacante Roberto Bettega, além do brasileiro Altafini, já em fim de carreira.
Mas a equipe comandada por Roberto “Pipo” Ferreiro tinha seus ases na manga, em especial a dupla formada por dois dos maiores ídolos da história do Independiente: o meia Roberto “Bocha” Bochini e o atacante Daniel Bertoni, titularíssimo na seleção argentina campeã do mundo em 1978, e autor do último gol daquele mundial, na final contra a Holanda.
O jogo foi duro como se esperava. Impulsionada por sua torcida, a Juve atacava, e logo no início da segunda etapa teve um penalti a seu favor. Mas Cuccuredu o desperdiçou, batendo por cima do gol. A partida foi decidida somente a dez minutos do fim, numa linda tabela entre Bertoni e Bochini, magistralmente concluída por Bocha. O Rojo era campeão do mundo pela primeira vez.
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