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O descanso remunerado de Riquelme

7 minutos do superclássico. Riquelme sente dores e começa a se arrastar em campo. O então treinador Claudio Borghi ainda o deixa fazendo número por todo o primeiro tempo, evidentemente sem a menor condição de jogo. Dez dias depois, chega o veredicto. O histórico camisa 10 do Boca tem uma lesão do tendão de aquiles e não volta a campo em 2010.

Tristeza xeneize à parte, é uma situação que deixa espaço para reflexões. Aos 32 anos de idade e contundido, Topo Gígio se recusou a renovar seu contrato em julho a menos que o Boca lhe pagasse um valor mensal de 300 mil dólares durante 3 anos. A renovação se transformou em novela, já que a diretoria aceitava desembolsar o alto valor mensal, mas apenas por um ano de contrato.

Pressionada, a diretoria acabou por ceder. Riquelme assinou o contrato nos termos desejados e cuidou de sua recuperação. Há 2 rodadas finalmente pôde estrear contra o Argentinos Jrs. A derrota para o Bicho não desanimou a torcida, que reconheceu que mesmo de volta de longa inatividade o craque ainda tinha condições de ajudar a equipe a se recuperar.

Mas veio o superclássico, e a decepcionante lesão do jogador, que ao fim jogou uma partida e meia em todo o semestre, recebendo um altíssimo salário mensal de uma equipe que está em crise. Não falta quem diga que Riquelme usou sua fenomenal história no clube para obrigar a diretoria a aceitar um contrato lesivo, sob pena de incorrer na ira da torcida xeneize.

Nessa análise, o craque percebeu o fim iminente de sua vitoriosa trajetória no futebol e praticamente chantageou a direção do clube para obter um contrato que não merecia. A única pergunta que resta neste momento é: terá Riquelme condições de calar a boca dos críticos e voltar a apresentar o futebol que se espera dele?

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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  • TOPO GÍGIO!!! VOLTA LOGO, ESTOU COM SAUDADES D VC E DO SEU BELO FUTEBOL!
    A ULTIMA VEZ Q VI VC JOGAR FOI EM 2008 "PEQUIM"... MEU ÍDOLO D CORAÇÃO!
    ÉS A MINHA INSPIRAÇÃO RIQUELME, ORO A DEUS PARA CUIDAR D TI E TE DAR FORÇAS PARA SE RECUPERAR LOGO E RETORNAR AO FUTEBOL NOS DANDO O PRAZER E A ALEGRIA D VER VC JOGAR!
    ARGENTINA MI PASÍON!!!!

  • Mateus Polidoro,

    Lamento desiludi-lo, mas uma lesão no tendão de Aquiles é deveras incapacitante. Mesmo a cirurgia tem um processo de recuperação lento e, sendo uma zona muito sensível para qualquer actividade física (futebol, atletismo, voleibol, etc.) torna praticamente impossível um regresso activo à competição, pois existe uma eminente inflamação a qualquer contacto, apoio, ou esforço de impulsão.

    João Moreira

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