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O amadorismo no futebol profissional – Primera D

Em um amplo campeonato com cinco níveis, tal como é o futebol argentino, fatos curiosos sempre acontecem no âmbito do futebol profissional. Um desses casos é o amadorismo presente nas divisões inferiores, tal como na Primera D, quinta e última divisão para equipes diretamente afiliadas à Asociación del Fútbol Argentino (normalmente denominadas equipes da Grande Buenos Aires, por uma questão histórica).

No regulamento da Primera D 2010/11, há um limite desses jogadores amadores (aficionados). Não menos que 12, não mais do que 30, ou seja, o número máximo de jogadores que uma equipe pode registrar. Jogadores profissionais normalmente são aceitos quando emprestados ou quando possuem contrato profissional anterior a um rebaixamento. Além disso, há uma limitação de jogadores acima dos 25 anos: só podem até 9 jogadores dentro dessa faixa etária.

Por causa dessa característica, encontramos histórias curiosas que, normalmente, a mídia trabalha enquanto fait divers. Assim, não é incomum encontrar esses jogadores treinando pelo bairro, em praças públicas, após o horário de expediente (boa parte, normalmente, são empregados do setor de serviços).

No entanto, o ponto positivo dessa inclusão do amadorismo é o fortalecimento do senitmento local do clube de futebol, o verdadeiro fútbol de barrio. Além do sonho presente no futebol argentino do acesso, seja de clubes seja de jogadores,  retratado em diversos filmes tal como no clássico Pelota de Trapo, de 1948.

Rafael Duarte Oliveira Venancio

Em 2010, na primeira versão desse texto, Rafael Duarte Oliveira Venancio escrevia para o Futebol Portenho, era professor do Senac e doutorando na USP. Em 2014, era professor doutor da Universidade Federal de Uberlândia e mantinha o blog Lupa Esportiva no Correio de Uberlândia. Agora, em 2020, é pós-doutor pela ECA-USP, além de escritor e dramaturgo com peças encenadas em 3 países e em 3 línguas. Nestes 10 anos, sempre tem alguém comentando este texto com ele, seja rindo, seja injuriado...

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