Seleção

Num final emocionante, Venezuela arranca empate com o Paraguai

Em Salta, Venezuela e Paraguai fizeram um jogo espetacular e empataram por 3 a 3. Com o resultado, os venezuelanos permaneceram na liderança do grupo B e até poderão terminar assim caso o Brasil não vença o Equador na partida a ser realizada logo mais.

Os paraguaios começaram o jogo com tudo no ataque. Logo aos 30 segundos de jogo Lucas Barrios fez uma lindíssma jogada pela direita mas não conseguiu dar sequência ao lance. Mas no momento em que o Paraguai parecia melhor, um erro de sua defesa deu à Venezuela o primeiro gol do jogo. Num erro de Néstor Ortigoza, que tentou sair jogando no campo de defesa e perdeu a posse de bola, Rondón dominou e da entrada da área marcou.

A equipe paraguaia acusou o golpe e ficou nervosa em campo, errando muitos passes no ataque. Por outro lado, a Venezuela mostrou o mesmo que havia feito contra o Brasil e o Equador: solidez na defesa e na marcação e saídas rápidas para o ataque. A partir dos 25 minutos, os paraguaios começaram a mostrar perigo nas bolas aéreas e chegaram ao gol de empate dessa forma aos 32 minutos.

Após lançamento de Aureliano Torres, Lucas Barrios cabeceou, a bola bateu na trave e o goleiro Vega evitou o gol. Depois de um bate-rebate na área, a sobra ficou com Alcaraz. Da risca da pequena área o zagueiro encheu o pé e definiu, sem chances para o goleiro venezuelano.

O segundo tempo começou com a Venezuela ligeiramente melhor. O Paraguai continuava a criar as melhores chances a partir de cobranças de falta e de escanteios e apresentava falhas na marcação, sobretudo pelos lados do campo. No entanto, a Venezuela se descuidou novamente na defesa e permitiu a virada paraguaia, aos 17 minutos. Agora em cobrança de escanteio, Torres levantou novamente para a área e Valdez chutou. O goleiro Vega não conseguiu segurar e a bola sobrou limpa para que Lucas Barrios empurrasse para as redes.

César Farías, técnico venezuelano, decidiu ir com tudo para tentar o empate: fez entrar os habilidosos Arango e Maldonado e outro atacante, o raçudo Fedor. Mas aos 40 minutos, em mais um cruzamento de Torres para cobrar uma falta, o Paraguai chegou ao terceiro gol. O volante Riveros entrou na primeira trave e desviou direto para o gol. Tudo parecia perdido para a “Vinotinto”.

Parecia. Quatro minutos depois, Fedor pegou a sobra de uma dividida de Rondón e bateu cruzado, longe do alcance de Villar. O atacante, ainda acreditando no empate, saiu em disparada para buscar a bola nas redes para ganhar tempo. Um tempo que se revelou precioso três minutos depois.

Com Renny Vega na área, o ótimo Juan Arango cobrou um escanteio da esquerda no último lance da partida. O goleiro, que falhara no primeiro gol paraguaio, desviou na primeira trave e a bola sobrou para o zagueiro Perozo. O camisa 20 venezuelano fez um malabarismo para cabecear a bola e colocá-la no gol paraguaio. Festa total do banco venezuelano. Festa da diminuta mas barulhenta torcida venezuelana.

PARAGUAI – Villar, Verón, Da Silva, Alcaraz e Torres; Vera (Santana), Riveros, Ortigoza e Estigarribia (Cáceres); Roque Santa Cruz (Valdez) e Lucas Barrios
Técnico – Gerardo Martino

VENEZUELA – Vega, Rosales, Perozo, Vizcarrondo e Cichero; Di Giorgi, Rincón, Orozco (Fedor) e Alexander González (Maldonado); Arismendi (Arango) e Rondón
Técnico – César Farías

Árbitro – Enrique Osses (CHI)

Alexandre Leon Anibal

Analista de sistemas, radialista e jornalista, pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. Neto de argentinos e uruguaios, herdou naturalmente a paixão pelo futebol da região. É membro do Memofut, CIHF, narrador do STI Esporte (www.stiesporte.com.br ) e comentarista do Esporte na Rede, programa da UPTV (www.uptv.com.br ).

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