Outra vez não deu. Outra vez houve gol perdido no tempo normal. Outra vez os pênaltis negaram à Argentina algo que lhe foi tão normal em outros tempos: o título da Copa América. Depois de 120 minutos sem gols, a Albiceleste saiu derrotada pelo Chile por 4 a 2 na disputa de pênaltis.
A julgar pelo início, parecia que tudo seria diferente do ano passado. Nem bem a partida começou e a Argentina mostrou o que faria diante do Chile: marcação adiantada para conter a qualidade de saída de bola do adversário. Com menos de um minuto, Banega se aproveitou de passe de Messi e assustou Bravo com um chute que saiu à esquerda do gol.
Embora com posse de bola ligeiramente maior que o oponente, o Chile não conseguia sair para o ataque e as oportunidades argentinas começaram a surgir após um início de jogo estudado.
Eram 21 minutos quando a grande chance da Argentina abrir o placar apareceu. Num erro de Gary Medel, Higuaín dominou e saiu na cara de Bravo. Assim como ocorreu nas finais da Copa do Mundo de 2014 e da Copa América do ano passado, o “Pipita” errou o alvo e não conseguiu dar a vantagem parcial aos comandados de “Tata” Martino.
Motivada, a Albiceleste teve outra oportunidade para abrir o marcador, numa cabeçada de Otamendi, que saiu pela linha de fundo. Logo depois, Díaz parou novamente com falta um rápido e ligado Messi. Como já tinha cartão amarelo por uma falta no mesmo camisa 10 argentino, o chileno foi novamente advertido e consequentemente expulso por Heber Roberto Lopes.
No entanto, o domínio numérico não se refletiu em vantagem dentro do campo e o Chile seguiu executando à risca seu planejamento: defesa bem postada e marcação reforçada em Di María e Messi. Faltando três minutos para o fim do primeiro tempo, a decisão mais contestada do jogo: numa jogada dura envolvendo Rojo e Vidal, o árbitro brasileiro expulsou diretamente o lateral-esquerdo do Manchester United. Muita reclamação por parte de toda a equipe argentina, que saiu indignada com a expulsão do seu jogador e a não expulsão de Aránguiz.
Com o restabelecimento do número de jogadores em campo, o Chile voltou melhor para o segundo tempo e ameaçou a Argentina por duas vezes: aos 4 minutos com Vargas e aos 11, com o lateral-direito Isla. Nas duas oportunidades a bola saiu pela linha de fundo, mas preocupou ainda mais Gerardo Martino, que via a sua equipe ser dominada pela equipe vermelha. Buscando retomar o equilíbrio no meio-campo, o treinador sacou Di María e colocou Kranevitter.
O Chile continuou mais perigoso e só não abriu o marcador porque o auxiliar marcou corretamente o impedimento de Alexis Sánchez. O atacante do Arsenal ganhou uma dividida com Biglia, arrancou pela esquerda, passou a Isla e, quando recebeu de volta, já estava impedido.
Martino resolveu dar mais mobilidade ao ataque argentino sacando Higuaín e colocando “Kun” Aguero. O atacante do Manchester City teve a melhor chance da Argentina no segundo tempo quando aos 38 minutos recebeu de Messi pela direita, passou pela marcação e avançou ao gol. No momento da finalização a bola subiu demais e não levou perigo a Bravo.
À medida que o segundo tempo caminhava para o seu final, as equipes se preservavam para uma eventual prorrogação. No entanto, ainda reservaram boas emoções no final. Aos 45 minutos, Beausejour entrou em velocidade pela esquerda, cruzou para trás e Sánchez foi travado no momento do chute por Funes Mori. Num contra-ataque rápido, Messi arrancou do meio de campo passou por quatro marcadores e chutou para fora.
Era nítida a preocupação argentina na prorrogação para evitar a disputa nos pênaltis a fim de evitar a repetição da definição da Copa América do ano passado. No tempo extra, no entanto, tanto a Argentina quanto o Chile poderiam ter marcado o gol da vitória. Os portenhos com Aguero, que numa bela cabeçada obrigou Bravo a fazer uma espetacular defesa, e o Chile, que quase abriu o marcador com Vargas que também fez com que Romero salvasse o time argentino.
Mas a disputa dos tiros de onze metros se repetiu e até houve um início alvissareiro, com o desperdício da cobrança de Vidal. Porém, logo depois Messi desperdiçou também, isolando a bola como craques como Baggio e Platini.
Castillo, Mascherano, Aránguiz, Aguero e Beausejour marcaram. Então foi a vez de Biglia desperdiçar, batendo seco para a defesa de Bravo. Coube a Francisco Silva, que substituiu Aléxis Sánchez, converter o pênalti decisivo que reconfirmou o título da Copa América aos chilenos.
ARGENTINA – Romero, Mercado, Funes Mori, Otamendi e Rojo; Mascherano, Biglia e Banega (Lamela); Di María (Kranevitter) e Messi; Higuaín (Aguero)
Técnico – Gerardo “Tata” Martino
CHILE – Bravo, Isla, Medel, Jara e Beausejour; Aránguiz, Díaz, Fuenzalida (Puch) e Vidal; Sánchez (Silva) e Vargas (Castillo)
Técnico – Juan Antonio Pizzi
Árbitro – Heber Roberto Lopes (Brasil)
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