Nos últimos 15 anos o torcedor da albiceleste não tem tido motivos para comemorar. São 24 anos sem títulos mundiais, e 17 anos desde a última Copa América. Mas há um premio de consolação: os momentos em que a seleção argentina conseguiu fazer com que seus bons jogadores colocassem em prática todo o seu potencial. Um momento desse tipo foi a partida contra a Sérvia e Montenegro no Mundial de 2006.
Aquela seleção chegou desacreditada à Alemanha. Após uma campanha excelente antes do mundial de 2002, a equipe comandada por Marcelo Bielsa havia sido eliminada precocemente, na primeira fase daquela copa. Após a conquista do ouro nas olimpíadas de 2004, El Loco deixou o selecionado, substituído por Jose Perkerman, que tinha um trabalho brilhante nas seleções de base de seu país, mas como treinador de equipes principais não tinha conquistas para apresentar.
Mas Pekerman surpreendeu a muitos. O sinal foi dado na partida contra o Brasil no Monumental de Nuñez, pelas eliminatórias. Naquela ocasião os argentinos jogaram num 3-4-1-2 muito agressivo, em que a linha de meio campo tinha Mascherano na proteção aos defensores, Lucho Gonzales e Kily Gonzalez pelos lados e Sorin solto pelo meio. A seleção brasileira sequer conseguia passar do meio campo, tamanha a força da marcação por pressão argentina. O 3 a 1 acabou saindo barato para a canarinho.
Mas naquele mundial Pekerman acabou escalando a albiceleste em um 4-3-1-2 que parecia bastante convencional: Abbondanzieri, Burdisso, Ayala, Heinze e Sorin; Mascherano, Cambiasso e Maxi Rodriguez; Riquelme; Saviola e Crespo eram os onze titulares. Mas as coisas não eram tão simples. O time apostava no toque de bola, jogando sob o comando de Riquelme, o comandante daquela equipe. E as variações táticas eram surpreendentes.
O lateral direito, Burdisso, era zagueiro de formação, enquanto o lateral esquerdo, Sorin, não tinha a marcação como obrigação principal. Assim, frequentemente aquela seleção variava para um 3-4-1-2 bastante ofensivo, com Burdisso, Ayala e Heinze na defesa, protegidos por Mascherano e Cambiasso; Maxi e Sorin faziam o lado do campo, enquanto Riquelme era o cérebro da equipe.
E o bom jogo seria importante para a albiceleste, que assim como em 2002 enfrentava o “grupo da morte”, com Holanda, Servia e Montenegro e Costa do Marfim. A 10 de junho de 2006 os argentinos estrearam com o pé direito, e venceram os marfinenses por 2 a 1, gols de Crespo e Saviola. O jogo seguinte seria contra os servio-montenegrinos.
Em retrospecto, o adversário pode parecer medíocre. Até por representar um país que naquele momento já não existia (já havia os países Sérvia e Montenegro, independentes um do outro). Mas holandeses e marfinenses tiveram muita dificuldade com aquele time. A Holanda venceu por 1 a 0, gol de Robben, e a Costa do Marfim se viu obrigada a buscar um 2 a 0 contra si, vencendo por 3 a 2.
Mas a Argentina não teve qualquer dificuldade com aquela seleção. Aos 6 minutos Maxi Rodriguez recebeu na cara do gol e marcou o primeiro. Aos 31 uma bela linha de passe argentina terminou com um passe de calcanhar de Crespo para Cambiasso marcar o segundo. Nos últimos minutos da primeira etapa, Maxi Rodriguez aproveitou um rebote do goleiro para marcar mais um.
O segundo tempo começou equilibrado, mas a expulsão do atacante Kezman facilitou as coisas para os argentinos. Aos 33 minutos Crespo marcou o quarto. Nos minutos finais dois atacantes que na opinião de muitos deveriam ter sido titulares daquele mundial consolidaram a goleada: aos 39 Tevez marcou em jogada individual, e aos 43 serviu Messi, que deu numeros finais ao jogo.
Essa goleada não teve efeitos práticos. Os argentinos foram os primeiros do grupo e eliminaram os mexicanos nas oitavas, com um gol impressionante de Maxi Rodriguez. E por fim caíram nos pênaltis contra os alemães nas quartas de final. Mas o futebol praticado na partida contra os sérvio-montenegrinos ficou na cabeça de todos os que acompanharam aquele mundial.
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