Após 90 minutos da mais absoluta agonia, o San Lorenzo garantiu a vaga nos mata-matas da Libertadores. O grupo 2 teve uma das definições mais emocionantes e imprevisíveis que se possa imaginar. Ao fim, o Nuevo Gasometro explodiu com a classificação do clube azulgrana.
A princípio a situação não era complexa. Salvo uma improvável vitória do Independiente del Valle sobre a Unión Española, líder do grupo, fora de casa, tudo parecia simples: San Lorenzo se classificaria com vitória, e ao Botafogo bastava um empate. As duas equipes entraram em campo com esse horizonte.
O San Lorenzo foi muito superior em cada um dos 90 minutos. Começou pressionando, jogando seus laterais quase como pontas, marcando a saída de bola rival, retomando a posse logo no campo de ataque. Tinha dificuldades para criar, mas com a bola o tempo todo tão perto da meta adversária era fácil imaginar que em algum momento um gol poderia sair.
E saiu. Aos 28 minutos, Jorge Wagner errou uma saída de bola. O jovem Villalba recebeu, avançou e chutou forte. A bola desviou em Júlio César e enganou Jefferson. A vantagem azulgrana no primeiro tempo era justa. A equipe desceu para os vestiários em situação favorável, tanto mais que Unión Española e Independiente del Valle empatavam por 1 a 1.
No segundo tempo o Botafogo tentou mudar a atitude, mas foi dominado de forma ainda mais clamorosa. Quando, logo aos 8 minutos, Piatti acertou um tiro de esquerda para fazer 2 a 0, o Ciclón era muito superior. A classificação parecia certa. Mas subitamente tudo mudou. O Independiente del Valle abriu 3 a 1 na Unión Española, obrigando o San Lorenzo a marcar mais dois gols para se classificar.
A partir daí a situação ficou dramática para os envolvidos na luta pela vaga. Menos para o Botafogo, que parecia dormir em campo. O San Lorenzo tentava os gols que lhe dariam a vaga, mas as boas notícias começaram a chegar do Chile, e logo os Hispanos diminuíram a diferença, empataram e viraram o jogo. O 4 a 3 dava a vaga aos argentinos em caso de vitória simples.
Mas logo tudo mudaria novamente. Os valentes equatorianos conseguiram uma impensável virada dentro do Chile, abrindo 5 a 4. Agora não havia remédio: o San Lorenzo precisava de mais um gol. A equipe foi para cima, tentou de tudo frente a uma zaga alvinegra perplexa e em péssima noite. Aos 42 minutos o artilheiro Matos driblou Jefferson e, de forma inacreditável, chutou para fora com o gol aberto. Era o fim. Ou não?
Numa noite de reviravoltas, o jogo ainda não havia acabado. Aos 44 minutos Piatti aproveitou um contra-ataque, entrou livre e fuzilou Jefferson. O Nuevo Gasometro explodiu. Logo em seguida a partida foi encerrada. Mas ainda faltavam minutos da outra partida. Os jogadores se sentaram no gramado, os torcedores não se moveram, todos esperando o final. Quando soou o apito final no Chile, uma alegria indescritível tomou conta de jogadores, torcedores e comissão técnica do San Lorenzo. Os azulgranas tinham conseguido a vaga nos mata-matas após 90 minutos infartantes. Uma noite inesquecível no Nuevo Gasometro.
SAN LORENZO: Torrico, Buffarini, Valdés, Gentiletti e Mas (Navarro); Mercier e Ortigoza; Correa (Elizari), Villalba (Cavallaro) e Piatti; Matos.
BOTAFOGO: Jefferson, Lucas, Bolívar, Doria e Julio César; Airton (Bolatti) e Gabriel (Henrique); Jorge Wagner, Lodeiro e Wallyson (Fabiano); Ferreyra.
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