Arquivo

No último minuto, o Racing cedeu o empate ao Colón de Santa Fe

Para encerrar a 17ª rodada do Clausura, nada como uma partida no Cilindro. Não estava cheio, mas havia muitos hinchas para acalentar o Racing diante do Colón. E logo no início saiu o gol de Viola, após uma assistência incrível de Gio Moreno. Parecia que seria aquela noite para a Academia. A hinchada se empolgava, mas pouco a pouco sua equipe foi recuando e oferecendo campo ao Sabalero. Contudo, na primeira etapa, nada de uma reação decente que resultasse no empate. Porém, na etapa complementar, as coisas foram diferentes. O Colón se adiantou mais no campo do Racing e se aproveitou muito do descuido, do recuo e da sonolência acadêmia de puxar o contra-ataque. Assim que o Sabalero empatou aos 45 minutos de jogo. O que foi justo para as duas equiipes.

O Colón abriu dois homens pelos flancos: na direita Moreno y Fabianesi; na esquerda, Mugni. A proposta do Sabalero prometia, só que na primeira oportunidade do Racing, Valentín Viola abriu o placar, após uma assistência fantástica de Gio Moreno.

A posse de bola parecia a proposta do conjunto dirigido por Zubeldía. E tocava bem. Só que por vezes parecia modido por algum mosquito e dormia na cancha, como parece de costume no atual elenco acadêmico. Acordado, dominava a partida; quando dormia, permitia que o Sabalero chegasse ao ataque. E era Lucas Mugni quem parecia a opção ideal para o Colón chegar ao empate. Contudo, faltava profundidade as jogadas. Disso resultava que a pelota não chegava a Estebán Fuertes e o Colón não se apresentava ao arqueiro Saja.

Na meia cancha, Gio moreno distribuía bem a pelota, contudo, pecava em alguns passes bem tranquilos para um jogador de sua categoria. No fim dos primeiros 45 minutos o Racing quase ampliou, após uma leve raspada de cabeça de Valentín Viola. A pelota acertou a trave direita de Pozo. E o primeiro tempo ficou nisso. Uma vitória mínima do Racing, mas graças à categoria de Gio Moreno e o oportunismo de Viola.

No segundo tempo, o Colón voltou bem melhor para o jogo. Adiantou seus homens de meio-de-campo e pressionou o rival, principalmente no costado de Pillud. Já a Academia se perdia na falta de objetividade e na baixa produtividade de alguns jogadores, como Luis Fariña.

E as chances foram se sucedendo sem que o Colón tivesse a competência para empatar. Isto ocorria porque a pelota chegava sempre reboteada na frente para que Fuertes resolvesse. Quando não era assim, era através da bola parada. E era com essa jogada que o Sabalero levava mais perigo ao conjunto dirigido por Zubeldía.

Só que com o passar do tempo, o Sabalero começou a se aproveitar dos espaços deixados pelo Racing ao recuar demais para guardar a meta de Saja. Então, a trama do Colón ficou melhor e o gol passou a ser uma questão de tempo. Após uma ou outra chance desperdiçada, finalmente Federico Higuaín empatou o cotejo. O ponteiro marcava 45 minutos da etapa final. O que não permitiu à Academia que tentasse reagir. Um resultado justo para o que fizeram as duas equipes no Cilindro de Avellaneda.

Racing Club: Sebastián Saja; Iván Pillud, Marcos Cáceres, Matías Martínez, Matías Cahais; Luciano Aued, Bruno Zuculini, Lucas Castro; Luis Fariña, Giovanni Moreno; e Valentín Viola. Técnico: Luis Zubeldía.

Colón de Santa Fe: Diego Pozo; Gerardo Alcoba, Ariel Garcé, Maximiliano Pellegrino, Maximiliano Caire; Sebastián Prediger, Iván Moreno y Fabianesi, Adrián Bastía, Lucas Mugni; Federico Higuaín e Esteban Fuertes. Técncio: Néstor Sensini.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 − um =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.