No compasso de um autêntico tango, a semana do argentino será puro drama
Meio à paixão, tristeza e agressividade, num confuso cenário, nem o mais otimista argentino talvez consiga ter a coragem de carimbar o seu passaporte para a Rússia. É verdade, não tem sido fácil. Na Argentina, além do futebol, os meios comerciais e financeiros também se preocupam com o que poderia acontecer caso a Seleção Argentina não encontrasse o caminho para as terras russas. Pois é, um dia pareceu improvável. A empresa de televisores Noblex, ainda antes dos jogos contra o Uruguai e Venezuela, na última rodada das Eliminatórias resolveu apelar: na compra de uma televisão 50 polegadas, caso a Argentina não se classifique para a Copa, o comprador ficará com a televisão.
Dentro das 4 linhas, Sampaoli resolveu ser conservador na convocação. Novidades mesmo, somente o goleiro Marchesín e o zagueiro Pezzella. Não bastasse o drama de tudo, a notícia de que Aguero* se acidentou no último fim de semana veio à tona. O alívio de que agora tudo passa bem já foi anunciado, mas Sampaoli não chamará ninguém para o lugar do atacante do Manchester City. A lista ainda ficará maior nesse fim de semana quando 6 jogadores locais serão chamados. Bustos, Gago, Enzo Pérez, Lautaro Acosta e Benedetto seriam algumas possibilidades para compor a lista incial:
Goleiros Sergio Romero (Manchester United), Nahuel Guzmán (Tigres) e Agustín Marchesín (América)
Defensores Javier Mascherano (Barcelona), Federico Fazio (Roma) , Nicolás Otamendi (Manchester City), Gabriel Mercado (Sevilla), Emanuel Mammana (Zenit) e Germán Pezzella (Fiorentina)
Meio-campistas Ever Banega (Sevilla), Lucas Biglia (Milan), Leandro Paredes (Zenit), Angel Di María (PSG), Marcos Acuña (Sporting Lisboa), Eduardo Salvio (Benfica), Emiliano Rigoni (Zenit) e Alejandro Gómez (Atalanta)
Atacantes Lionel Messi (Barcelona), Paulo Dybala (Juventus), Mauro Icardi (Inter de Milão) e Sergio Agüero* (Manchester City)
Linha defensiva com 3 ou 4 jogadores? Messi e Dybala seguirão lado a lado no ataque? Menotti foi além e criticou a angústia e ansiedade dos jogadores com a bola nos pés na trágica noite em Nuñez, no empate em 1 contra a Venezuela:
“Futebol é como o tango, não se pode correr o tempo todo”(Menotti)
Mais drama? Tapia então resolveu apostar por mais fervor e pressão e levar o jogo contra o Peru para a Bombonera, mesmo palco da tragédia de 69, quando Cachito Ramírez fez a Argentina chorar e se despedir com antecedência da Copa de 70.
A Argentina se apresenta amanhã e terá em torno de 2 treinos antes do jogo. O segundo pior ataque das Eliminatórias definitivamente precisará funcionar para jogar na altitude de Quito com mais tranquilidade. A única maneira de garantir a classificação direta será ganhando os dois jogos. Do contrário, será hora de pedir a D10s por combinações.