O jogo era praticamente uma final. Uma final para o Newell´s. Mas também para o Grêmio. Time gaúcho sabia que não podia perder, pois os dois últimos jogos poderiam não salvá-lo de uma eliminação. Já o Newell´s precisava da vitória para sair da incômoda terceira posição e chegar à liderança do dificílimo Grupo VI. Nada de emoções na primeira etapa. Apenas estudos. Contudo, foi no segundo tempo que a peleja pegou fogo. Ponce acertou a trave de Gohe por duas vezes. Melhor fez La Fiera, que abriu o placar para a Lepra. Nos acréscimos, o zagueiro Rodolpho empatou. Resultado justo em jogo de gigantes.
Desde as primeiras ações, o que se viu foi uma peleja daquelas. Não que tenha primado por emoções das grandes jogadas no ataque. Tratou mais de um jogo de inteligência em que um simples vacilo poderia ser fatal. E os primeiros minutos compensaram no plano tático aquilo que a peleja não teve de técnica. Poucos ataques; pouca profundidade e predomínio das defesas sobre os ataques.
Parte disso ocorria porque o conjunto do Sul se desdobrava na cancha leprosa. Marcava como poucos e se dava ao luxo de partir para o ataque. Não era pra menos. Grêmio sabia que não poderia dar campo ao rival. Entendia que não é nada difícil para qualquer equipe se esconder no seu campo de defesa, no Coloso. Então, tentar marcar na frente era uma forma de controlar a partida e especular sobre a possibilidade de conseguir alguma coisa além do empate.
Havia momentos que o conjunto de Berti dominava e tentava cercar os laterais gremistas, impedindo seus avanços. Um dos problemas de Berti foi o de não perceber que se o Grêmio atacava não era por seus laterais que o fazia. Na maior parte essas jogadas ocorriam com recuos de Barcos e seu deslocamento pelo centro e por uma ou outra assistência para os meninos do ataque.
Na segunda etapa, a coisa mudou de figura. A pressão leprosa se processava já no campo de defesa do Grêmio. Na saída de jogo e no avanço constante de seus homens de defesa para o meio-campo. Por alguns momentos, a Lepra era o Senhor da partida. Contudo, o domínio da equipe local vez ou outra era contestada ou relativizada pela absurda personalidade do Grêmio, no jogo. Foi assim durante toda a partida. Ezequiel Ponce precisou acertar a trave por duas vezes para mostrar que nem sempre se perdia em meio à forte marcação gremista à sua habilidade e rapidez.
Colocando muita gente no campo de defesa gremista, a equipe de Berti anunciava que o cotejo não ficaria sem gols. E de tanto insistir, a Lepra finalmente marcou. “El Gringo” Heinze fez ótimo lançamento para o ataque e apavorou a defesa visitante com a qualidade do passe. Desarmado na defesa, o Grêmio não conseguiu evitar o importante gol de Maxi “La Fiera” Rodríguez. Eram rodados 33 minutos do segundo tempo.
Porém, como não era de se esperar do Newell´s Old Boys, a equipe recuou excessivamente e deu campo para o Tricolor dos Pampas gaúchos. Talvez esta tenha sido uma das primeiras vezes em que o Newll´s de Alfredo Berti se diferenciou da equipe treinada por “Tata” Martino. Guzmán salvou uma vez de maneira espetacular. Porém, o que mais chamou a atenção no lance foi como a equipe gaúcha deu sinais de que poderia empatar. E o Grêmio foi todo pressão.
O tempo era curto e danificou quaisquer propostas de organizar as jogadas no ataque. Em vez disso, a equipe de Enderson levantava a bola para a área de Gúzman. Na maioria dos casos, não era o Pirata Barcos quem estava lá para finalizar. Com grande atuação na partida, o atacante gremista precisava recuar e armar as jogadas. E foi numa delas que o Grêmio empatou. Barcos saiu da área, ganhou no corpo e na experiência e fez a única coisa que poderia fazer naquele momento: jogar a pelota à área de Guzmán. Mas ele não jogou de qualquer jeito. Colocou a pelota na cabeça do “centroavante” Rodolpho e depois correu para abraçá-lo. O jogo estava empatado e não havia tempo para mais nada.
Com o resultado, o Grêmio se manteve na liderança do difícil Grupo VI. Vai visitar o Nacional, em Medellín, e finalizará a fase de grupos como anfitrião para o já eliminado Nacional do Uruguai. Quanto ao Newell´s não conseguiu deixar de ser apenas o terceiro colocado. Vai a Montevidéu encarar o Bolso e, na última rodada, terá a chance de se classificar diante dos colombianos. O jogo vai ser no Coloso. E o Newell´s vai precisar vencer ou vencer.
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