Há 86 anos, nascia Néstor “Pipo” Rossi, meio campista do River Plate por muitos anos, e um dos maiores nomes da história de seu clube. Sem ser craque, foi um dos maiores representantes da raça e valentia argentina. Líder nato, Rossi comandava suas equipes de dentro de campo. Era o que em seu tempo se chamava um grande “caudilho”.
Pipo Rossi nasceu no bairro de Parque Patricios, em Buenos Aires, a 10 de maio de 1925. Passou por algumas pequenas equipes portenhas antes de chegar ao River Plate, aos 17 anos. Após 3 anos nas inferiores do clube, estreou na equipe principal em 1945, substituindo Manuel Giúdice, que como treinador levaria o Independiente ao bi campeonato da Libertadores em 1964 e 1965.
Eram tempos de ouro do River. O treinador era Carlos Peucelle, membro da primeira formação da “Máquina”, lendário ponta direita dos “millonarios” e do selecionado nacional. Ali estavam remanescentes dos tempos em que Peucelle desfilava seu talento pelos gramados, como o lendário Labruna. Naquele ano, com Rossi participando da campanha, o River voltaria a levantar um título nacional após dois anos de reinado do Boca Juniors.
Em 1947, com o reforço de Di Stéfano (que retornava de um empréstimo ao Huracán), e do fenomenal José Manuel “Charro” Moreno, para muitos o maior jogador da historia do clube (voltava após duas temporadas no futebol mexicano), o River seria mais uma vez campeão. E Néstor Rossi se consolidava como o xerife da equipe. Eram tempos de ouro também para o futebol argentino, que reinava na América do Sul. E naquele mesmo ano, aos 22 de idade, Rossi estava em campo quando a seleção de seu país bateu os uruguaios no Equador para conquistar mais um sul-americano (a Copa América da época).
Em 1948, aconteceria uma grande mudança no futebol argentino. Uma greve de jogadores levaria à paralisação do campeonato nacional. Com o impasse, a liga pirata colombiana levou muitos jogadores argentinos sem pagar pelas transferências. Jogadores como Di Stéfano, Mario “Atómico” Boyé e Pedernera, entre tantos outros, foram para o futebol daquele país. Um deles era Neétor Rossi, que chefiava o meio de campo do Millonarios de Bogotá, equipe campeã em 1949, 1951, 1952 e 1953 e onde integrou o chamado “Ballet Azul”, com os também ex-River Pedernera e Di Stéfano.
Em 1954, voltou ao River, onde encontrou seu velho companheiro Ángel Labruna, mas também jovens valores talentosíssimos, como o goleiro Amadeo Carrizo e o atacante Omar Sívori. Com o vibrante comando de Rossi, esse renovado River Plate chegou ao tricampeonato de 1955/56/57. Ainda em 1957, Rossi chegaria a outro título com a “Albiceleste”, conquistando novamente o sul-americano de seleções, desta vez no Peru.
Mas nem tudo eram flores. No ano seguinte, a Argentina, ainda que repleta de craques, caiu na primeira fase do mundial da Suécia, se despedindo com um vergonhoso 6 a 1 sofrido perante a Tchecoslováquia. Aos 34 anos, Rossi encerrou um ciclo. Deixou o River e a Seleção para jogar seus últimos 3 anos de carreira pelo Huracán, o clube de Parque Patricios, o bairro onde havia nascido.
Atuou ainda como treinador por 15 anos. Passou por clubes de vários países, incluindo, de forma absolutamente surpreendente, o Boca Juniors. Em 1977, à frente do Ferro Carril Oeste, agrediu o bandeirinha que atuava em uma partida de sua equipe contra o Huracán. Suspenso por 3 anos e meio pela AFA, resolveu encerrar a carreira.
Néstor “Pipo” Rossi, lenda do futebol argentino, conhecido pela raça, valentia e comando (e para muitos pela violência, catimba e apelação), morreu em Buenos Aires a 13 de junho de 2007.
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Ele teria inclusive levado um certo hincha boquense de sobrenome Passarella para fazer testes no River, após este ter sido rejeitado pelo clube que torcia. Hehehe.
Caio, não vamos nos esquecer que além do Kaiser, el Charro Moreno torcia para o clube de la ribera também.
Sim, sim! Eu justamente coloquei essa informação no verbete dele na wiki, após ler sobre no "Book of the Xentenary", hehe. Espero adquirir o "Campeón del Siglo" também.
Tarantini foi um inverso. Torcia para o River. E fez sucesso nos dois... uma grande raridade, pois, dos que conheço, só há similaridade com Menéndez. Quase todos os outros que jogaram nos dois fizeram sucesso apenas em um ou em nenhum.