Ronaldo alimentava planos gloriosos de uma despedida triunfal. Queria para ele o título da Libertadores. Seria o herói que o Corinthians nunca teve, e ai então, só então, deixaria o futebol.
Palermo tem isso em comum com o Fenômeno. Igualmente marcou a aposentadoria para este ano, mais precisamente para o fim do semestre. Também sonhava com uma última volta olímpica, embora menos glamourosa: a do Clausura 2011. E o favoritismo do Boca Juniors antes do torneio começar até permitia a ele sonhos reais.
Eis que veio a realidade. Contra o Godoy Cruz, nada menos que um papel de figurante no gol de honra. Diante do Racing, apenas espectador para o triunfo de Mouche. Com All Boys e Vélez nem isso, quase nenhuma chance clara. O melancólico ponto máximo do Loco esteve num pênalti não marcado nele por Pablo Lunati. Palermo, então, vive com angústia os últimos jogos, e para piorar, está sem marcar há 532 minutos.
A última vez? Sequer foi em 2011, pois aconteceu na última rodada do Apertura 2010. Na Bombonera, Palermo balançou as redes do Gimnasia y Esgrima platense, logo aos cinco minutos da primeira etapa. Gastón Sessa teve de buscar a Jabulani de dentro do arco, mas a partida acabaria num empate que desagradou a ambos.
El Loco até tenta com vigor acabar com a seca. Alguns o chamam de guerreiro do gol, pois sua característica marcante está em lutar de qualquer forma possível, aparecer aonde for preciso para marcar. Veja um vídeo com o treino de chutes a gol do ídolo Xeneize.
Apesar do sofrimento, não se trata do pior jejum de Palermo com a camisa do Boca. No final de 2009, em outra campanha deprimente da equipe de la Ribera, amargou longos 748 minutos sem fazer o que ninguém fez em maior número na história do clube. Só afastou a zica contra o Banfield, numa cobrança de pênalti que deu início ao triunfo por 2 x 0.
O Taladro nem se importou, pois naquele dia se sagrou campeão pela primeira vez, destruíndo um tabu ainda maior: 113 anos.
Neste ponto, aliás, o final de carreira de Martín Palermo está longe de lembrar Ronaldo. Artilheiro máximo na história das copas, só ficou 301 minutos em campo na saudade daquilo que fazia com maestria em tempos passados. Foi o tempo desde o gol contra o Cruzeiro, no Brasileirão, até a partida final, diante do Tolima na pré-Libertadores.
Infelizmente para El Loco, e para seus milhões de ídolos, o momento atual não permite vislumbrar um fim para o jejum tão cedo. O técnico Júlio César Falcioni sofre para encontrar o onze ideal para ressuscitar no Clausura. Riquelme, o grande desafeto que poderia ajuda-lo, luta para conseguir a mínima condição de jogo. Em Mouche está a melhor esperança, mas ele anda ocupado demais por carregar o ataque Xeneize praticamente sozinho.
Todavia Palermo é chamado de otimista do gol na Argentina. Alguém com esse nome de guerra deverá ser o último a perder a esperança em dias melhores. Resta, então, esperar para saber quando a seca acabará.
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tristeza ver MARTIN assim nessa situaçao...
FUERZA MARTIN PALERMO!!!
DALE