Categories: Primeira Divisão

Na reestréia de Bianchi, Burdisso brilha e Boca vira em cima do Quilmes

Uma partida inesquecível, bem ao gosto dos emotivos hinchas argentinos. Assim foi a reestréia de Carlos Bianchi no comando técnico do Boca Juniors em jogos oficiais. Uma partida aparentemente tranquila, em casa, contra uma equipe na zona do rebaixamento, mas que ganhou tons de tragédia e terminou em estilo épico.

Carlos Bianchi estava no banco. Riquelme, de contrato assinado, era ovacionado nas arquibancadas. Parecia um dia de festa para a torcida xeneize que compareceu à Bombonera. Mas em pouco tempo o sonho parecia virar pesadelo. Aos 5 minutos Olivera aproveitou um escanteio e cabeceou para abrir o placar para o cerveceiro. Mais 3 minutos e Menéndez completou um contra-ataque com um belo toque. Eram 8 minutos e o Quilmes já abria 2 a 0.

Era um verdadeiro pesadelo xeneize. A equipe estava perdida em campo, não conseguia ameaçar o rival e sofria nos contra-ataques. Mas lentamente os nervos entraram no lugar e ainda no primeiro tempo veio o primeiro gol. Uma boa jogada coletiva terminou com um centro de Pol Fernandez na medida para Erviti marcar. Era um fio de esperança para a torcida local.

No segundo tempo Bianchi arriscou tudo. Trocou dois meiocampistas (Erviti e Paredes) por dois atacantes (Acosta e Viatri). Sem muita organização o Boca pressionava, e aos 22 minutos Burdisso recebeu um cruzamento de uma falta lateral e bateu para empatar. Mas 10 minutos depois parecia que o pesadelo estava de volta, quando Caruzzo cometeu pênalti e ainda foi expulso. Cauteruccio bateu para grande defesa de Orión. O Boca ressurgia das cinzas mais uma vez.

E a façanha se concretizou três minutos depois, quando Burdisso aproveitou um escanteio e acertou um sem pulo sensacional para colocar o Boca na frente pela primeira vez. O 3 a 2 deu ao xeneizes mais do que três pontos. Deu moral para uma equipe que começa o ano sem um elenco ideal, mostrando ainda que a velha sorte de Bianchi não o abandonou.

Na outra partida do dia envolvendo um grande, San Martin e San Lorenzo ficaram no 0 a 0 na noite de San Juán. A partida sofrível pode empurrar o verdinegro para a zona do rebaixamento, caso o Independiente vença o Newell’s. Mais cedo o Tigre havia conseguido uma convincente vitória sobre o Estudiantes por 3 a 1, uma virada dentro de La Plata. Ao mesmo tempo, All Boys e Godoy Cruz ficavam no 1 a 1.

 

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

Recent Posts

As máquinas caça-níqueis são o fascinante jogo de cassino online

As máquinas caça-níqueis são um dos jogos de casino mais preferidos do mundo, tanto no…

2 semanas ago

Rubén Bravo: Botafogo já teve o maestro do Racing

Até a Recopa 2025, a ausência de qualquer duelo que não fossem dois amistosos revela…

1 mês ago

Elementos em comum entre Huracán e Vélez, que revivem a “final” de 2009

Com agradecimentos especiais à comunidade "Coleccionistas de Vélez Sarsfield", no Facebook; e aos perfis HistoriaDeVelez…

4 meses ago

Do bairro para o mundo: há 30 anos, o Vélez vencia seu Mundial, sobre o Milan

Originalmente publicado nos 25 anos, em 01/12/2019 - e revisto, atualizado e ampliado O ícone…

4 meses ago

O Papa é Copa: 10 anos da canônica Libertadores do San Lorenzo

"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…

8 meses ago

Apostas no Futebol: crescimento e oportunidades internacionais

As apostas no futebol estão em franco crescimento no Brasil, impulsionadas pelo aumento das casas…

8 meses ago

This website uses cookies.