Após reduzir os atritos com o presidente Gastón Cogorno, Zubeldía começa a desenhar o Racing para a próxima temporada. Alguns sairão por opção; outros por necessidade. Mas reforços chegarão à Academia de Avellaneda, entre eles “Tanque” Silva e Cauteruccio têm a preferência do técnico, pois ele pensa em dar personalidade ao ataque académico.
Não foi nada fácil o acerto de ideias entre Luís Zubeldía e Gastón Cogorno, pois quando os problemas voltaram ao clube, cada um nutria perspectivas bem diferentes para o Racing. No imbróglio, estavam a venda de jogadores, críticas abertas de um ao outro, percepção e ponto de vista destoantes sobre a formação de jogadores, a utilização da base etc. No final, parece que ambos concluíram o óbvio: o Racing ainda não está totalmente isento da profunda crise institucional que assola o clube nos últimos anos. Então, cada um cedeu a seu modo e a tranquilidade entre técnico e presidente finalmente voltou. Agora, a prioridade é a montagem da equipe à próxima temporada.
Zubeldía sempre quis contar com um “9” típico no ataque de seu time. Se muitas vezes improvisou no setor foi porque não confiava nos nomes que lá estão, como Pepe Sand e Cachorro Cámpora. Desta forma, ao se reunir com os dirigentes com vistas à definição do novo elenco, Zubeldía pediu Tanque Silva e Cauteruccio. O primeiro dos uruguaios não faz parte dos planos de Bianchi, mas seu custo é de médio a alto para o Racing. O segundo, ainda vinculado ao Quilmes, é um jogador que tem um mercado mais amplo e é apontado por outros treinadores na própria Argentina.
O técnico pediu ainda dois laterais e um meia. Maxi Caire, do Colón já tem sondagem do Racing e pode desembarcar em Avellaneda. Jorge Ortíz, do Arsenal, foi apontado, já que fica livre do Viaducto no meio do ano. Só que o atleta recebe sondagem também do Lanús, que não teria problemas em desembolsar valores maiores que o Racing para contratar o meia. Assim, o jovem Gaspar Iñiguez, do Argentinos Juniors é o nome da vez.
Alguns jogadores emprestados devem voltar ao clube. Daqueles que o técnico deve aproveitar estão “Demónio” Hauche e Federico Santander. Por pedido do treinador, Cogorno recusou uma oferta do Calcio Catania. Centurión e Vietto devem ficar no clube ao menos até dezembro. Só que boas propostas podem obrigá-los a deixar Avellaneda a qualquer momento.
Quanto àqueles que não devem seguir no clube, Jorge Olivera e Braian Lluy já estão descartados. Bolatti, Sand e Cámpora ainda mantêm vínculo com o clube e apenas sairão se receberem propostas de outras instituições. Iván Pillud se adiantou ao interesse do River e disse que pretende “continuar a ser feliz” em Avellaneda. Bruno Zuculini e Rodrigo De Paul fazem parte da cota de jovens valores que Cogorno garantiu a Zubeldía que seria mantida no clube.
Dois atletas fazem parte daqueles que o treinador aprova, mas fazem parte de outra cota: a daqueles que deverão sair para equilibrar as finanças do Racing. São Matías Cahais e Luis Fariña. O primeiro ainda não recebeu boas propostas, enquanto o segundo, o meia Fariña, já está com um pé no exterior. CSKA Moscou ou Benfica: eis o seu futuro destino.
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