Presidente da Associação de Futebol Argentina desde 1979 e um dos vice-presidentes da FIFA, Julio Grondona faleceu no início da tarde desta quarta-feira por uma insuficiência cardíaca. Com 82 anos, o polêmico dirigente deu entrada em um hospital de Buenos Aires na madrugada desta quarta-feira, mas não resistiu à cirurgia.
Grondona comandou a AFA por nada menos que 35 anos. Foi nomeado pelo almirante Alberto Lacoste para assumir ao cargo. Além disso, foi o fundador do Arsenal de Sarandí e presidente do Independiente entre 1976 e 1979, conquistando títulos nos últimos dois anos nos Rojos. Sob o comando da Associação de Futebol de seu país, o dirigente viu a sua seleção conquistar um título mundial e alcançar dois vice-campeonatos.
Apesar dos logros, Grondona deixou uma herança ruim para o futebol argentino. Além de não permitir as eleições – só teve que disputar em uma única vez, contra Teodoro Nitti – ao seu cargo o esporte no país teve mudanças drásticas, com mudanças de regulamento e, a partir do ano que vem, o inchamento da primeira divisão, que terá 30 clubes.
Além dos péssimos legados no país, conviveu com a denúncia de votos para a Copa do Mundo de 2022, além da venda de ingressos ilegais no Mundial do Brasil, dentre outras polêmicas.
Com o falecimento de Julio Grondona, o cargo de presidente da AFA ficará a cargo de Luis Segura, presidente do Argentinos Juniors. As eleições estão marcadas para outubro de 2015.
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