O ano de Lionel Messi em um coletivo não foi dos melhores. Não obteve nenhum título com o Barcelona, ficou muito próximo de levantar uma taça com a Argentina, mas bateu na trave na decisão contra a Alemanha. Pessoalmente também não foi dos melhores. Apesar de ter vencido o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo, não viveu um dos seus melhores anos. Tanto que na Argentina, recentemente, perdeu o prêmio de melhor argentino no exterior para Angel Di María.
É bem verdade que virou um garçom, tanto no Barcelona quanto na Seleção. Foi importante nas três primeiras partidas da Copa do Mundo, marcando quatro gols em três jogos, salvando a Argentina do vexame contra Irã e Nigéria. Deu assistência a Di María contra a Suíça e fez uma de suas melhores partidas táticas com a camisa da Seleção no duelo contra a Bélgica. Não marcou gols, mas foi fundamental na marcação, um dos seus pontos fracos. Contra Holanda e Alemanha foi bem abaixo do esperado, mas teve lampejos que quase deu a vitória à equipe.
No Barcelona, não foi artilheiro do Espanhol, mas tem se tornado um líder em assistências. Somente nesta temporada foram oito passes para gol. Em 2014, foram 22 assistências no total. Além disso, chegou aos 58 gols neste ano, a sua quarta melhor marca da história, atrás apenas de 2009 (59 gols), 2010 (60 gols) e 2012 (91 gols) em jogos oficiais. Para isso, foram precisos 66 jogos. Ou seja: Messi participou diretamente de 80 gols neste ano.
Outro ponto a se destacar é o número de gols com a perna direita. Lionel Messi marcou nada menos oito gols dos últimos nove com a sua perna ruim. O jogador sempre foi questionado pelo número de gols com a sua perna fraca, mas vem demonstrando uma evolução. Com a cabeça, apenas de nanico, também deixa as suas marcas, como fez na final da Champions em 2009, contra o Manchester United. Além disso quebrou recordes no clube catalão, além de superar a marca de 400 gols em jogos oficiais, seja por Barcelona e Argentina (422 oficiais e 477 gols contabilizando amistosos de pré-temporada, gols com a seleção de base e Barcelona B/C).
Lionel Messi em 2015 terá um novo objetivo. Desta vez o de vencer a Copa América, que será realizada no Chile. Estatisticamente, os números falam ao seu favor (ou a favor da Argentina). Nas últimas três edições da competição sul-americana, o time que teve uma melhor classificação na Copa do Mundo anterior, obteve o título. Em 2004, o Brasil levou a taça sobre a Argentina após ter conquistado a Copa dois anos antes. Em 2007, o Brasil também bateu a Argentina após ter ficado em 5º na Copa do Mundo. Em 2011, o Uruguai vinha de um quarto lugar na Copa do Mundo e levantou à Copa América. Quem sabe no ano que vem?
Com o Barcelona, tentará tirar o título do Real Madrid e voltar à conquistar a Espanha. Tem também o desafio da Champions League, onde é visto com enorme desconfiança após uma série de partidas abaixo da média, tendo que enfrentar em fevereiro o milionário Manchester City de seu amigo Sergio Agüero. E ainda tem a Copa do Rey, que vai entrando em sua reta final.
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