Um dia após anunciar a lista prévia de 35 jogadores para a Copa do Mundo, a rede argentina TyC Sports divulgou uma entrevista exclusiva com Lionel Messi. O assunto foi o mais comentado no Twitter, na Argentina. Em quase uma hora de exibição, o atacante tocou em pontos cruciais, como a Copa do Mundo, Barcelona, Melhor do Mundo e sobre seu ex-companheiro de clube, o brasileiro Neymar.
Talvez já sabendo das limitações da Seleção Argentina, que não chega tão forte como há quatro anos, Messi admitiu que um bom resultado é estar entre os quatro primeiros colocados. “Temos que estar entre os semifinalistas. Argentina merece estar ali pela história que tem. Foi muito difícil chegar a este nível em 2014, mas acredito que podemos chegar ali”, destacou.
Durante a entrevista, em sua casa, Messi apresentou um ‘mini museu’, com bolas autografadas, camisas de ex-companheiros e pessoas ligadas ao futebol (tendo, inclusive, David Luiz como uma em destaque), além do terno e uma das bolas de ouro. Foi ali que ressaltou que a Argentina corre por fora na Copa. “Não temos obrigação de nada. Somos os primeiros a querer ganhar, principalmente por ter estado em três finais e não ter levado nada. É um peso que levamos conosco e desejamos superar”, confessou.
Messi admitiu, ainda, que a decisão em não jogar mais pela seleção argentina, logo após a Copa América Centenário, em 2016, foi feita de cabeça quente. E que nos dias seguintes viu a ‘besteira’ que comentou. “Depois de ter dito aquilo eu vi que não era bem isso. Seria dar uma mensagem errônea a toda a juventude e a todos aqueles que lutam por seus sonhos. Há que seguir tentando e seguir lutando por aquilo que você quer”. Ainda assim, sabe de todo o peso de suas declarações. “Entendo a sociedade argentina. Se perdemos, eles mesmos vão pedir para que não sejamos mais convocados”, pontuou.
Favoritos
Sem titubear, Lionel Messi colocou a seleção brasileira como a franca-favorita ao título mundial e aponta outros rivais. “O Brasil chega muito bem coletivamente. Têm bons jogadores a nível individual e como grupo funcional muito bem. Defensivamente são bons, têm jogadores fortes e um contra-ataque rápido com Coutinho e Neymar. Tiveram o azar com a lesão do Neymar, mas não sei se isso será bom ou ruim, pois chegará descansado”, analisou.
Messi ainda coloca os espanhóis como favoritos ao Mundial, além da Alemanha e França. Sobre os alemães, fez questão de ‘invejá-los’. “Quem dera fossemos como a Alemanha. Eles têm outra maneira de preparação, de deixar trabalhar as pessoas”, aproveitando, também, para fazer duras críticas aos dirigentes argentinos que sempre buscam pela troca de treinadores.
Neymar
Ainda sobre o ex-companheiro de clube, Messi destacou à emissora argentina que uma possível ida de Neymar ao Real Madrid seria um baque a todos na Catalunha. “Seria terrível por tudo que ele significa para o Barcelona. Ele ganhou títulos importantes aqui, uma Champions League. A nível futebolístico, faria o Real Madrid ser muito mais forte do que é. E eu já disse a ele o que penso, eu já disse a ele”, disse o argentino em um tom amistoso.
Por fim, sobre o prémio de melhor do mundo, Messi admitiu que não se importou em perder o posto para Cristiano Ronaldo e que não se importa com as comparações com Pelé ou Maradona. “Não me interessa ser o melhor da história, nunca quis ser. Eu cada vez que começo um ano tento superar-me, ganhar tudo, deixar tudo de mim em campo, dar o máximo para os meus companheiros e para mim. Não mudaria nada em mim para ser o melhor da história”, finalizou.
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