No fim da noite de terça-feira um rumor deixou em polvorosa as redes sociais, dando conta de que Matias Almeyda havia sido demitido do cargo de treinador do River Plate. Já na madrugada de quarta-feira o próprio Pelado confirmou ao diário Olé! que havia sido demitido por Daniel Passarella. Agora começam as gestões para contratar um novo treinador.
Que o treinador havia perdido o respaldo da direção do clube não era segredo para ninguém. Passarella não ficou satisfeito com o desempenho da equipe da B Nacional, e só renovou o contrato do treinador porque avaliou que demitir o treinador que trouxe o River de volta à primeira soaria como ingratidão. Após a derrota para o Racing o presidente do clube cogitou seriamente demitir Almeyda novamente, mas não viu um nome viável para substituto. Desprestigiado entre a direção e questionado pela torcida, o ex-volante só sobrevivia no cargo pela ausência de alternativas. Sua saída era questão de tempo.
E a demissão veio sem nenhuma elegância. Almeyda foi avisado por telefone que não era mais o treinador milionário, e que Passarella o encontraria na quarta-feira as 14 horas para comunicar a decisão oficialmente. O Pelado nem se sentará no banco na partida contra o Lanús, na próxima rodada. Gustavo “Chapa” Zapata, treinador da equipe reserva, comandará a equipe nas rodadas finais. Agora as especulações sobre o próximo treinador são o tema dominante.
O nome favorito da torcida é Ramón Diaz, talvez o treinador mais vencedor da história do clube. No entanto, são bem conhecidas as rusgas do ex-atacante com Passarella desde os tempos em que eram jogadores. Essa foi exatamente a razão para Almeyda não ter sido demitido antes: o Kaiser não queria ter de trabalhar com o Riojano. Mas como 2013 é um ano eleitoral, e a contratação de Díaz teria um impacto muito favorável entre torcedores e associados, não se pode descartar sua chegada.
Outro nome citado é o de Marcelo Gallardo. O ex-atacante do clube estreou na carreira de treinador vencendo o campeonato uruguaio pelo Nacional, e voltou para a Argentina por motivos familiares. Pouco antes da demissão de Almeyda, deu entrevista pedindo a manutenção do treinador, mas afirmou sonhar em comandar seu ex-clube um dia. Mas não é o favorito de Passarella, até por também ter tido suas rusgas com o atual presidente. No entanto, sua condição de ídolo do clube pode ajudar.
A opção favorita da presidência seria Ricardo Gareca, que já foi sondado, mas disse que só ouvirá propostas, inclusive de seu próprio clube, ao fim do Inicial. No entanto o Tigre deu ontem entrevista na qual dizia que não ficará eternamente no Vélez, e que sonha em um dia trabalhar em Boca ou River (equipes pelas quais atuou como jogador), o que foi visto por muitos como uma indicação de que veria com simpatia um convite de um dos dois gigantes após o fim do Inicial.
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