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Matías Almeyda: “agora a pressão é dos outros, não do River”

Após a vitória do River contra o San Lorenzo, pela Coppa Argentina, o técnico Matías Almeyda parece ter tirado um grande peso de sua consciência. Curiosamente foi apenas após o duelo contra o Ciclón que o Pelado demonstrou todo o alívio tambvém com a situação da equipe na B Nacional. “Agora a pressão sobre nós passou para as outras equipes”, disse Almeyda, demonstrando total confiança no acesso do Millo.

Era como se não importasse muito a Copa Argentina para o River. Ao menos foi a leitura que muitos fizeram após Almeyda decidir-se por levar um elenco reserva para encarar o San Lorenzo pelas quartas-de-final do torneio. Porém, essa impressão não condiz com a realidade no clube. E foi o que Matías Almeyda deixou claro com sua entrevista após os treinos pela manhã, em Salta.

“El Pelado” disse que o elenco atravessa um momento imemorável para ir à caça do grande objetivo, que é o acesso à primeira divisão, local onde se encontra a elite argentina, e local de onde o Millonario jamais deveria ter saído. Este raciocínio vem à luz justamente no momento em que o River finalmente chega à liderança da B Nacional. “Agora tudo começa a ser mais parelho. A pressão que o River sentiu, ao longo de todo o campeonato, agora quem sente são os seus adversários. Principalmente porque estamos chegando no momento decisivo da competição”, disse o técnico e antigo volante do clube de Núñez.

Almeyda traçou um paralelo entre o momento final da B e do Apertura, da temporada anterior, quando o River não suportou a pressão e caiu de divisão. “Diferentemente do ano passado, este grupo está lidando melhor com o tema da pressão. Naquela ocasião, dos últimos sete jogos o River havia perdido quatro e empatado três; porém, agora, estamos voltando a jogar bem e quem sente a pressão não é mais o nosso grupo, mas os grupos de nosso rivais”.

“Nossa equipe pensa a competição partida por partida e é pouco a pouco que vamos conseguindo cada um dos nossos feitos”. E continuou: “Estamos na reta final da B Nacional e o time há de estar melhor que nunca. A partir de agora vem as partidas decisivas; justamente aquelas que não admitem nenhum tipo de vacilo. É como se fosse uma prova de 100 metros e na qual se deve olhar apenas para frente, nunca para os lados nem para trás, mas somente para a linha de chegada, concluiu o técnico millonario, mais falando do que nunca.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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