Martino, no limite entre a escassez no banco e a hora do plano certeiro para triunfar
Os últimos ajustes em Nova Jersey e a possibilidade de ter seis ou sete opções de jogadores de linha no banco de reservas para utilizar contra o Chile, no domingo. Assim Martino vive os últimos momentos antes de decidir quem serão os titulares e as escassas alternativas que terá em mãos na final da Copa América. Roncaglia, Maidana, Cuesta, Kranevitter, Aguero e talvez Pastore, que voltou a treinar hoje junto ao grupo, talvez sejam as opções disponíveis para a Argentina quando a equipe necessitar de mudanças. Ainda há Gaitán, ainda em recuperação de uma lesão, o qual será uma surpresa caso seja liberado para alguns instantes na decisão.
Di María e Lamela seguem almejando um lugar entre os titulares, com as maiores chances para o meia atacante do Tottenham, em melhor estado físico. As dores no treino de ontem deixaram muitas dúvidas sobre quais serão as reais chances de Di María jogar alguns minutos contra o Chile. De qualquer forma, Aguero deverá ser o único jogador ofensivo, bem fisicamente, à disposição de Martino no banco. Os demais, verdadeiras incógnitas.
Em relação aos titulares, Rojo e Biglia ainda despertam dúvidas sobre como renderão fisicamente em uma partida que tem tudo para exigir alta intensidade e resistência dos jogadores.
Diante disso, Funes Mori poderá ser deslocado para a lateral em caso de uma necessidade e as chances de Kranevitter ser chamado em algum momento são grandes, devido as condições físicas de Biglia, que ainda aparenta não estar 100%.
No limite, a Argentina precisará ser certeira em Nova Jersey, prosseguindo com a marcação pressão bem executada na semifinal aliada ao balanceamento das ações, se poupando fisicamente com o contragolpe engatilhado, sem margem para erro.
Com Lamela entre os titulares e Di María para um plano de risco, com estipulados 20, 30 minutos em campo. Essa parece ser a solução para o lado esquerdo do ataque. Taticamente, sem segredo, Martino deverá manter o 4-3-3 com natural variação para o 4-2-3-1, sob os pés da sociedade Banega e Messi.
Fico pensando o quão sería emblemática uma vitória com o trio Messi, Aguero e Higuaín entre os titulares, fato que nunca ocorreu na Era Martino. Com a falta de opções, a possibilidade existe. Na Copa América da evolução de Tata no cargo da Argentina, competição que pareceu ter caído dos céus para tantos retoques e ajustes, claro, não poderia faltar um desafio a mais.