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Mariano Pavone é acusado de incitar violência

Mariano Pavone, atacante do Lanús, deverá prestar declarações à justiça para esclarecer sua atitude em campo, quando, após ter marcado o primeiro gol da equipe Granate no empate por 2 a 2 na última rodada do Clausura 2012 em La Bombonera, levou a mão a boca fazendo o gesto de silêncio para a torcida local.

O promotor penal, Martín Lapadú imputou Mariano Pavone por ter violado o artigo 101 do Código Contravencional da cidade de Buenos Aires, que pune a incitação de desordem em espetáculos esportivos, que estabelece para estes casos uma multa de 200 a 1000 pesos ou de uma a cinco dias de reclusão.

O agravante é que se a ação é protagonizada por um desportista, dirigente ou ainda se for utilizado um meio de comunicação massivo, a pena dobra, ou seja, a pena máxima iria para 2000 pesos ou período de reclusão passaria para 10 dias.

A questão toda fica por conta da punição, se cabível ou não! Até quando uma pessoa pública pode e deve manter a calma se for ofendida durante toda a sua apresentação e ainda ter que sair de sua atuação sem responder às ofensas e provocações? Revidar com gestos ou com gols?

Um exemplo claro foi o que ocorreu com Juan Román Riquelme, insultado no ano passado por um torcedor em uma partida contra o Olimpo, quando cuspiram no rosto do enganche no momento em que ele se preparava para cobrar um tiro de esquina. Na ocasião, Román limpou o rosto, reclamou com o árbitro e continuou jogando futebol, sem gesticular e sem revidar. O torcedor do Olimpo foi identificado e punido, sendo impedido de entrar no estádio, tendo que se apresentar à justiça.

Na última semana, Mariano Pavone foi provocado o tempo todo desde o momento em que chegou ao estádio, por seu passado como ex-jogador do maior rival da equipe que enfrentaria. Resultado: Não aguentou a pressão e desabafou na primeira oportunidade que teve, respondendo com um gesto típico de quem manda calar a boca. E agora pode ser punido tendo que se apresentar à justiça.

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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