Mais uma vítima de um jogo que não terminou
Na tarde de 5 de junho de 2009 ocorreu uma partida cujos desdobramentos parecem não ter fim. Velez e Huracan disputavam o título do Clausura daquele ano. Aos 38 do segundo tempo, o 0 a 0 dava o título ao Huracán, quando houve o lance crucial do campeonato. Um longo cruzamento se dirigia às mãos de Monzón, arqueiro do Globo. Larrivey, atacante do Velez, fez uma clara falta no goleiro, e no rebote Moralez fez o gol do título do Fortín.
O campo foi invadido, a anarquia se instalou, mas o árbitro Gabriel Brazenas estava irredutível. O gol foi validado e o Velez se sagrava campeão. O trauma para a equipe de Parque Patrícios foi tamanho que ainda se diz que para o Huracán aquele jogo ainda não terminou. Prova disso foi a infantil expulsão do goleiro Monzón na última sexta-feira contra o Cólon, por uma agressão estúpida e despropositada ao atacante adversário. O nome do atacante? Larrivey.
Por coincidência, poucos dias após o gesto de Monzón, outro eco daquela tarde soou pelo país. Ontem a AFA decretou o fim da atuação de vários árbitros. Gabriel Brazena entre eles. O árbitro certamente não sabia, mas aquele jogo decisivo acabou sendo sua despedida. A imensa polêmica causada pelo seu erro e as seguidas contusões o impediram de voltar a apitar uma partida de futebol profissional. Brazenas se despede do apito com a vergonha de ter decidido um torneio.