Longe do ideal, Argentina sofre para vencer Equador
O torcedor da Argentina passará por muito drama na Copa América, em alguns meses, a ser realizada no Chile. Além de figurar em uma chave complicada, com Uruguai e Paraguai como um dos integrantes, o time de Tata Martino passou por dificuldades durante os dois amistosos. No primeiro, uma vitória sem brilho contra a fraca El Salvador. Nesta terça-feira, sofreu diante o Equador, novamente em um triunfo, desta vez por 2×1, sem convencimento algum.
No jogo contra os equatorianos, a impressão inicial era de uma seleção bem postada. Mas isso se deu muito ao gol marcado por Agüero logo nos minutos iniciais. Com a vantagem de início, os argentinos voltaram a ficar num esquema covarde, esperando o adversário com o sentimento de que a vitória pelo placar simples era o suficiente. Quem aproveitou foram os equatorianos, que desafiou o time de Tata Martino.
E com um maior volume de jogo durante a segunda metade do primeiro tempo, o Equador chegou ao gol de empate. Roncaglia falhou pela lateral-direita e encontrou Bolaños no meio da área, livre. O atacante arrematou, a bola desviou em Otamendi e pegou Romero de surpresa, que não pode fazer absolutamente nada – apesar de inúmeras críticas sobre o arqueiro nas redes sociais dos argentinos.
Os argentinos atacaram em algumas oportunidades, mas não conseguiu aproveitar as oportunidades. Os rivais, por sua vez, foram mais consistentes, tiveram um maior volume de jogo e chegaram a colocar os atuais vice-campeões do Mundo na roda. O empate saiu no lucro para o time de Tata Martino, que não pode, novamente, contar com Lionel Messi contundido.
Na segunda etapa, a Argentina conseguiu achar o seu gol da vitória em um lance estranho. Depois da espanada da defesa do Equador, Biglia ganhou de cabeça e colocou nos pés de Javier Pastore. O jogador bateu bem na bola e marcou o que viria a ser o tento do triunfo da partida. Curiosamente, o meio-campista do PSG foi um dos poucos destaques por parte dos argentinos no que tange a parte ofensiva.
Os dois times ainda se arriscaram em várias oportunidades, principalmente nos contragolpes, mas não conseguiram balançar as redes novamente. A partida acabou diminuindo a intensidade com as inúmeras substituições, esperando apenas o apito final do duelo na gelada Nova Jersey.
O fato é que a Argentina decepcionou. É bem verdade que sem Lionel Messi, a impressão que se tem da Seleção é outra. Mas já há algum tempo, o time de Tata Martino não consegue jogar de uma maneira sólida, rápida e eficaz. A sensação de momento é que a Argentina está muito mais próximo de um fracasso na Copa América do que da quebra do jejum de títulos, que já dura 22 anos.