A grande notícia de ontem relativa às eleições na AFA era o anúncio, pela segunda vez na história, da formação de uma chapa de oposição comandada pelo presidente do Vélez, Fernando Raffaini. Mas à noite estourou uma bomba ainda maior: uma liminar conseguida pelo opositor Daniel Vila suspendeu as eleições da entidade.
A ação judicial não está em nome do empresário, mas sim de um minúsculo clube, o Colón de San Lorenzo (província de Santa Fé). O argumento é que as eleições da AFA são anti-democráticas, já que não dão direito de voto a clubes pequenos, como o próprio proponente da ação. Aceitando a ação, a juíza da pequena cidade santafesina suspendeu as eleições (originalmente marcadas para 18 de outubro) por 90 dias, a fim de estudar a situação.
Ainda que o nome de Vila não conste da ação, todos compreenderam instantaneamente que o empresário estava por trás da ação. Sem conseguir as 7 assinaturas de clubes participantes da assembléia que elegerá o próximo presidente, requisito indispensável para registrar a chapa, Daniel Vila usou o estratagema para tentar virar o jogo. Sua aposta: estender o direito de voto a todos os clubes do país, com a incorporação da uma infinidade de clubes semi-profissionais à assembléia. Há tempos Vila tem buscado construir sua candidatura exatamente criticando o elitismo da AFA, que deixa os clubes do interior à míngua (lembrando que ele próprio é presidente do Independiente de Mendoza, da Nacional B). A virada de mesa proposta por Grondona em julho visava, muito mais que ajudar o River, neutralizar esse discurso de Vila, que ganhou adeptos entre esses pequenos clubes interioranos.
A reação não tardou. Com Julio Grondona convalescendo de uma cirurgia, quem abriu fogo contra Vila foi o presidente do Quilmes, José Luiz Meizner (foto), braço direito de Grondona. Abriu fogo contra o empresário, afirmando que o presidente do Independiente Rivadavia quer ganhar o cargo de presidente da AFA à força, acrescentando que “na Argentina há realidades diferentes, e supor que há 3 mil clubes em igualdade de condições para tratar dos interesses comuns do futebol é um absurdo”.
E a briga está longe de terminar. Os dois candidatos já registrados (Grondona e Raffaini), bem como seus apoiadores, trabalham para derrubar a liminar e eliminar o que chamam de “risco de judicialização” das eleições. Está prevista inclusive a intervenção de Josep Blatter, muito próximo a Julio Grondona, que poderá fazer um pronunciamento condenando a intromissão da justiça nos assuntos internos das associações nacionais de futebol, como forma de pressionar o judiciário argentino a se retirar da disputa.
As máquinas caça-níqueis são um dos jogos de casino mais preferidos do mundo, tanto no…
Até a Recopa 2025, a ausência de qualquer duelo que não fossem dois amistosos revela…
Com agradecimentos especiais à comunidade "Coleccionistas de Vélez Sarsfield", no Facebook; e aos perfis HistoriaDeVelez…
Originalmente publicado nos 25 anos, em 01/12/2019 - e revisto, atualizado e ampliado O ícone…
"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…
As apostas no futebol estão em franco crescimento no Brasil, impulsionadas pelo aumento das casas…
This website uses cookies.